O deputado Antonio Henrique Júnior (PP) apresentou, na Assembleia Legislativa, moção de pesar pelo falecimento de Júnia de Tarso Rocha e Aragão, aos 91 anos, no último domingo. Ela era ex-serventuária de Justiça naquele município e empresária. Era também a mãe de cinco filhos, incluindo o prefeito de Santa Rita de Cássia, Zezo Aragão. “Deixa … Leia Mais
Política Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação da Bahia integra inovação e aprendizagem Foto: Douglas Amaral – Ascom/SEC O Conselho Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação (Conciteci) aprovou, nesta terça-feira (25), no Centro de Operações e Inteligência da SSP, a minuta final da Política Estadual de CT&I (Ciência, Tecnologia e Inovação), que será encaminhada à … Leia Mais
A TV ALBA, emissora legislativa baiana gerenciada pela Fundação Paulo Jackson, avança no propósito de expandir o sinal aberto digital para o interior do Estado. A mais recente conquista é a chegada do canal à cidade de Luís Eduardo Magalhães, no oeste da Bahia, que passa a receber a programação pela TV aberta no canal … Leia Mais
CGB destaca o avanço da Esmeralda de Carnaíba para tornar-se a primeira Indicação Geográfica da Bahia Foto: Divulgação O Centro Gemológico da Bahia (CGB), equipamento administrado pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE), em parceria com a Cooperativa Mineral da Bahia (CMB) apresentou a força econômica e cultural da Esmeralda de Carnaíba, que avança para tornar-se … Leia Mais
Agroindústrias Familiares intensificam produção para a 16ª Feira Baiana da Agricultura Familiar Foto: Geraldo Carvalho- Ascom/CAR A poucos dias da 16ª Feira Baiana da Agricultura Familiar e Economia Solidária, cooperativas e agroindústrias familiares de todas as regiões do estado vivem uma verdadeira maratona produtiva. O evento, que acontece de 10 a 14 de dezembro, no … Leia Mais
O deputado Hilton Coelho (Psol) apresentou, na Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA), uma moção de pesar pela morte do cantor jamaicano Jimmy Cliff, ocorrida na manhã desta segunda-feira (24), aos 81 anos, em decorrência de uma convulsão seguida de pneumonia.
Para o parlamentar, a morte do artista representa “uma perda imensa não apenas para a música mundial, mas também para a própria história cultural da Bahia”. Hilton Coelho ressaltou no documento que Jimmy Cliff construiu com Salvador uma relação singular, profunda e transformadora.
Considerado um dos pioneiros do reggae, o jamaicano dividiu o palco com Gilberto Gil em 1980, em uma turnê pelo Brasil que arrastou multidões e lotou estádios — entre eles a Arena Fonte Nova, onde se apresentou para mais de 60 mil pessoas.
“Ele viveu a cidade, amou esta terra, criou raízes familiares e espirituais aqui. Foi na Bahia que nasceu sua filha, Nabiyah Be, e foi na Bahia que encontrou um território que dialogava com sua ancestralidade e com sua luta”, afirmou o deputado.
O artista participou do Femadum, gravou em Salvador parte do álbum Breakout (1992) e eternizou a fusão entre Jamaica e Bahia no clássico clipe Samba Reggae, filmado no Pelourinho. Para Hilton Coelho, essa produção conjunta simboliza “uma das pontes culturais mais potentes já construídas entre dois povos da diáspora africana”.
Por fim, o parlamentar afirmou que o legado de Cliff ultrapassa fronteiras geográficas e temporais: “A morte não interrompe o que é gigante. Jimmy Cliff abriu caminhos e continuará abrindo. Sua luz, sua voz e seu axé permanecem. A Bahia se despede do homem, mas jamais do mestre”, concluiu.
O prazo de apresentação de emendas ao Projeto de Lei Orçamentária Anual, de nº 25.975, que propõe a estimativa de receitas e despesas do Estado da Bahia para 2026, foi ampliado para o dia 5 de dezembro. A data original se encerrou nesta segunda-feira, mas foi prorrogada por força de requerimento assinado pelo líder do bloco governista, deputado Rosemberg Pinto (PT), e da oposição, deputado Tiago Correia (PSDB), publicado no Diário Oficial da última quinta-feira.
As emendas são o recurso constitucional que os deputados têm de influenciar no projeto original, realocando recursos do texto original para atender demandas e carências de suas bases políticas ou de quaisquer outras necessidades do Estado. O Orçamento para o ano que vem prevê receitas e despesas na ordem de R$ 77,4 bilhões.
De acordo com a mensagem do governador Jerônimo Rodrigues, a área social concentrará o equivalente a 71,3% do orçamento, com despesa da ordem de R$54 bilhões. Este total engloba as rubricas para a saúde, educação, segurança pública, habitação e urbanismo. Só a saúde terá destinação prevista de R$13 bilhões, seguida da educação, com R$12,4 bilhões e segurança pública, com R$7,6 bilhões. Habitação, por sua vez, tem previsão de mais do que dobrar os recursos em relação a 2025.
A proposta de orçamento apresenta uma previsão de crescimento de receitas na ordem de 9,1% em relação ao exercício atual. Trata-se de um aporte de quase três vezes o crescimento previsto para o PIB baiano, de 3,1%. A evolução estimada se baseia na expectativa de um bom resultado do setor agropecuário, pela expansão da produção industrial e pelo dinamismo do mercado de trabalho.
Uma concorrida sessão especial, na manhã desta segunda-feira (24), homenageou, na Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA), os 65 anos da Record Bahia e a jornalista da emissora Jessica Smetak, que recebeu a Comenda 2 de Julho, em cerimônia proposta pelo deputado Jurailton Santos (Republicanos). A solenidade, que abrigou o duplo tributo – a efeméride da primeira emissora de TV da Bahia e a entrega da mais alta honraria da Casa – reuniu profissionais da comunicação, autoridades civis, religiosas e militares, além de amigos, familiares e colegas da homenageada.
O proponente conduziu a cerimônia, carregada de emoção, incluindo a entrega de placas honoríficas aos executivos da empresa, que completou 65 anos no dia 19 de novembro. Receberam os tributos o presidente da Record Nacional, Luiz Cláudio; o superintendente da Rede Record, André Dias; e o diretor executivo da Record Bahia, Carlos Alves. “Celebrar 65 anos é reconhecer seu papel democrático, sua contribuição na formação de opinião e sua presença diária no cotidiano de milhões de baianos. E é por tudo isso que esta Casa, hoje, se coloca de pé para dizer: Parabéns, Record Bahia! Que venham muitos outros anos de serviço, credibilidade e compromisso com o povo baiano”, disse o deputado Jurailton.
Um vídeo institucional, exibido na sessão, validou as falas dos representantes da emissora, além de mostrar nomes da comunicação que se consolidaram passando pela TV, como Zé Eduardo (Bocão) e o falecido apresentador Raimundo Varela. O diretor Carlos Alves exaltou a história da emissora desde o início como TV Itapoan, passando por avanços tecnológicos – dos tempos de fitas cassete e imagens em preto e branco a transmissão digital em HD – e seguindo para o novo desafio da interação com a TV 3.0. “Essa é a história de uma emissora que nunca parou no tempo, que se reinventou, que acreditou no poder da comunicação e que continua a fazer o que sempre fez de melhor: informar, emocionar e conectar pessoas”, disse Alves, apontando que “Jessica representa o talento, a seriedade e a dedicação de todos que fazem a Record Bahia ser o que ela é: uma emissora próxima do povo, comprometida com a verdade e com o bem”.
O presidente nacional da emissora enalteceu o papel do jornalismo como pilar da democracia no Brasil, lembrando que a rede promove 11 horas de jornalismo diário e a Bahia, oito horas. “Sem o jornalismo brasileiro, atuante, corajoso e buscando a verdade, não há democracia”, afirmou Luiz Cláudio, acrescentando que Smetak carrega, com a comenda, a responsabilidade de representar não só o jornalismo, mas todos os funcionários da Record Bahia, com “essa homenagem mais do que merecida”.
Compondo a mesa de honra, outros oradores se revezaram na tribuna para destacar o trabalho da Record Bahia e da apresentadora, que foi conduzida ao recinto, ao som de “Andar com Fé” (Gilberto Gil), pelos deputados estaduais José de Arimateia (Republicanos), Niltinho (PP) e Matheus Ferreira (MDB), além da deputada federal Rogéria Santos (Republicanos). Trataram da imparcialidade, credibilidade, seriedade e sensibilidade do veículo e de sua âncora o vice-governador Geraldo Júnior; o procurador-geral de Justiça da Bahia licenciado, Pedro Maia; e os congressistas Rogéria Santos e Márcio Marinho.
O deputado Jurailton Santos ressaltou que a outorga da Comenda 2 de julho é em reconhecimento à contribuição pública, profissionalismo e o compromisso social da apresentadora e jornalista, “que não esconde a emoção e o comprometimento” quando está no ar, “passando uma verdade e amor no que faz”. Quebrando o protocolo, o parlamentar convidou o marido da homenageada, Adriano Lacerda, para fazer uso da palavra. Com o filho do casal no colo, Luis Antonio, Lacerda relatou ser fã e “extremamente orgulhoso da esposa que eu tenho, da mãe e da profissional”. Dirigindo-se a Carlos Alves, confidenciou, para risos da plateia, que o diretor da Record local “tem uma funcionária que queria ter em minha empresa”. Logo após, ele e o filho, além da sogra Solange Rios, se juntaram aos membros da mesa para entrega da honraria a Jessica Smetak.
EMOÇÃO
Devidamente laureada, Smetak iniciou, bastante emocionada, seu pronunciamento, identificando, na plateia, colegas e amigos que foram prestigiá-la, ratificando sua gratidão a cada um que acreditou no seu potencial. Segundo ela, “para absolutamente todas as portas que se abriram para mim, em todos os cargos que eu passei, eu não estava pronta para assumir aquelas posições”. Demonstrou amor à família, à sogra, ao marido e filho, e fez deferência a Jurailton, “responsável por essa homenagem, que é um marco profundo em minha carreira. Eu nunca vou esquecer esse dia de hoje, deputado”.
“Receber a Comenda 2 de julho é uma honra que ultrapassa a minha carreira, toca na minha história”, discursou Jessica. A jornalista citou passagem bíblica sobre a responsabilidade das palavras, ao abordar seu papel diário: “Cada palavra alcança uma vida. E cada pessoa alcançada merece o melhor de mim. A minha maior alegria é receber o retorno da população sobre problemas que foram resolvidos através da minha voz”. Ela se disse feliz em ser homenageada na mesma sessão que celebra os 65 anos da Record Bahia e concluiu sua fala, ratificando que, ao receber a Comenda 2 de julho, reafirma “meu propósito de continuar nessa missão que Deus me deu. Eu celebro a minha força, a força de quem muitas vezes precisou vencerr sozinha, mas que também encontrou novos aplausos, novas mãos, novos braços e uma nova família e o meu propósito de vida”.
Também fizeram parte da mesa, além dos já citados, o senador Otto Alencar; o desembargador Salomão Resedá; o presidente do Tribunal de Contas do Estado da Bahia, Marcus Presídio; a secretária de comunicação da Prefeitura de Salvador, Renata Vidal; a presidente da Associação Bahiana de Imprensa (ABI), jornalista Suely Temporal; e o diretor da Rádio Sociedade, Francisco Costa. Prestigiaram a sessão, entre outros, o deputado Ricardo Rodrigues (PSD); a promotora de Justiça, Sara Gama Sampaio; o diretor de Comunicação da Confederação Nacional da Indústria (CNI), André Curvello; a coordenadora de comunicação da Fieb, Mônica Mello; o apresentador Adelson Carvalho; o diretor-geral da Defesa Civil de Salvador, Sosthenes Macêdo; gerente de comunicação do BYD Camaçari, Paulo Alencar. A solenidade contou ainda com a participação da Banda de Música Maestro Wanderley da Polícia Militar da Bahia, que, sob a regência do maestro subtenente PM Alcione Rocha, executou os hinos nacional e o da Bahia.
A criação de uma nova Universidade Federal em Feira de Santana foi tema nesta segunda-feira (24), no Teatro do Centro de Convenções do Município, de uma audiência pública conjunta das comissões de Educação e Cultura da Assembleia Legislativa da Bahia e da Câmara Municipal de Feira de Santana. A iniciativa, uma proposição do deputado Robinson Almeida (PT) em parceria com o vereador feirense Professor Ivamberg Lima (PT), mobilizou parlamentares, gestores municipais, educadores, estudantes e representantes de entidades civis, da indústria e do comércio. O deputado petista explicou que a audiência foi convocada para ouvir as sugestões apresentadas por dirigentes e técnicos do mundo acadêmico e do setor produtivo, contribuições que deverão ser encaminhadas ao Governo Federal.
“Já temos doações de terrenos aqui na cidade para a instalação física dos prédios e existem também estudos, desenvolvidos pela Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, que mostram a viabilidade técnica, pedagógica e estrutural para a criação da instituição de ensino superior em Feira de Santana. Em setembro passado, em Brasília, entregamos uma documentação em audiência no Ministério da Educação, procurando sensibilizar a administração federal. É necessária a força política de autoridades estaduais e municipais, setor empresarial e cultural, todos unidos para colocar essa universidade no primeiro lugar da fila, quando houver a decisão de expansão do ensino superior no Brasil”, salientou Robinson Almeida.
EXPANSÃO
Com 600 mil habitantes, de acordo com o censo IBGE/2022, Feira de Santana vive um momento de expansão demográfica nos últimos tempos, além de impactar diretamente no desenvolvimento econômico e social de outros quase 100 municípios de seu entorno. Apesar de sua importância na região, consolidando-se como um polo de serviços, logística, indústria, produção científica e cultural, a chamada Princesa do Sertão abriga, na área pública educacional, apenas a Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs) e o Centro de Ciência e Tecnologia em Energia e Sustentabilidade (Cetens), uma unidade da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB). Segundo o deputado federal Zé Neto (PT), nenhum país do mundo se desenvolve sem educação tecnológica e inovação. “Em Feira já temos o Cetens e a implantação da universidade federal seria fundamental para o desenvolvimento de toda a região, com geração de mais estratégias de crescimento e capacidade de criação de mais emprego e renda. Tenho certeza que, em alguns anos, vamos construir essa universidade, um sonho para Feira e toda a Bahia”, afirmou o vice-líder do Governo Lula na Câmara dos Deputados.
Para o vereador Ivamberg, a segunda maior cidade da Bahia, que supera em nível populacional oito capitais do Brasil, merece ter uma universidade federal. “Será um ganho imenso em ensino, pesquisa e extensão para nossa região, com um retorno social gigantesco para as comunidades. A educação tem o poder de transformar destinos”, ressaltou o presidente do Colegiado da Educação e Cultura da Câmara Municipal de Feira de Santana, que fez um apelo ao chefe da nação. “Presidente Lula, o senhor tem um carinho especial para a educação de nosso país. Olhe pra Feira, que precisa de uma universidade federal”, pediu o vereador.
PROPOSTA
Durante a audiência pública, a reitora da UFRB, Georgina Gonçalves, “reafirmou o compromisso da instituição acadêmica que dirige com a expansão do ensino superior e a oferta no número de vagas”. As professoras Luciana Maciel e Jéssica Ribeiro apresentaram a proposta de criação da nova universidade, que está posicionada para atender a uma população de 1,8 milhão de pessoas nos territórios de identidade Portal do Sertão, Sisal e Bacia do Jacuípe. Em slides, elas mostraram que cerca de 1,5 milhão de jovens baianos, com idade entre 17 e 24 anos, têm condições para ingressar na universidade, o que representa “uma janela de oportunidade para investimentos em educação superior, com potencial impacto duradouro no desenvolvimento regional”.
Participaram do debate, em mais um passo na luta pela nova Universidade Federal em Feira de Santana, o presidente do Instituto Pensar Feira, Edson Piaggio de Oliveira; o diretor do Instituto de Educação e Desenvolvimento (Ined), professor Josué da Silva Mello; o diretor do Movimento em Defesa da Democracia e Contra o Fascismo, Elísio Santa Cruz; o representante da União Nacional dos Estudantes (UNE), Ângelo Teixeira; o secretário municipal de Cultura, Esporte e Lazer, Cristiano Lôbo; e a primeira-dama da Bahia, a professora da UFRB, Tatiana Velloso, que prestigiou a audiência, sentada na plateia. No final, o deputado Robinson Almeida agradeceu a presença de todos e anunciou que, fruto desta reunião conjunta, será produzido um relatório, com detalhamento das propostas, que será direcionado aos órgãos dos governos estadual e federal com demandas de políticas públicas.
Bahia apresenta diagnóstico sobre a inserção da juventude negra no mercado de trabalho entre 2013 e 2023
Foto: Erlon Souza/Sepromi
Apresentado nesta segunda-feira (24), durante a abertura do Encontro do Trabalho Decente e Combate ao Racismo, o boletim “Para pensar o futuro: Juventude Negra e Mercado de Trabalho na Bahia” apresenta um panorama rigoroso e atualizado sobre a realidade da juventude negra no estado ao longo de dez anos, entre 2013 e 2023. O estudo é resultado de uma parceria entre a Secretaria de Promoção da Igualdade Racial e dos Povos e Comunidades Tradicionais (Sepromi), a Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre) e o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) e, sua divulgação faz parte da programação do Novembro Negro 2025.
Integrando as ações do Observatório do Trabalho da Bahia, o boletim utiliza dados anuais da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC/IBGE) para analisar a situação de jovens negros de 15 a 29 anos no mercado de trabalho baiano. O estudo compara a trajetória desse grupo com a de jovens não negros e com a população de 30 anos ou mais, contribuindo para a formulação de políticas públicas voltadas ao enfrentamento do racismo, da exploração e da precarização do trabalho juvenil. A apresentação foi realizada pela técnica do Dieese Ludmila Giuli.
Entre os principais achados, o boletim aponta para a redução do contingente de jovens negros no estado. Em 2013, eles representavam 35,4% da população em idade de trabalhar, proporção que caiu para 29,4% em 2023. Entre os jovens não negros, a queda foi de 30,9% para 26,8%. A diminuição é ainda mais expressiva quando observada por faixa etária: entre 15 e 17 anos, houve redução de 14,7% (90 mil) entre negros e aumento de 21,7% (28 mil) entre não negros; entre 18 e 24 anos, queda de 11,9% (174 mil) entre negros e alta de 7,7% (22 mil) entre não negros; já entre 25 e 29 anos, a redução foi de 5,7% entre negros e 19,8% entre não negros.
Menos apoio A queda no número de jovens reflete diretamente na taxa de participação – proporção de jovens ocupados ou em busca de trabalho – que também recuou ao longo da década. O estudo lembra que esse indicador não inclui estudantes, donas de casa, aposentados ou pessoas impossibilitadas de trabalhar.
Entre os jovens negros, a taxa de participação sofreu forte desaceleração em 2020 (52,2%), devido à pandemia de Covid-19, mas recuperou-se em 2022 (64,2%), atingindo o maior valor da série histórica. Em 2023, houve leve queda para 61,2%, porém a taxa permaneceu superior à dos jovens não negros e também à da população com 30 anos ou mais. O estudo destaca que, em períodos de crise, jovens não negros conseguem permanecer mais tempo fora do mercado de trabalho, reflexo de maior suporte econômico familiar, enquanto jovens negros tendem a ingressar ou retornar mais rapidamente à força de trabalho.
Permanência estudantil O boletim revela avanços expressivos na permanência escolar de adolescentes entre 15 e 17 anos, especialmente entre jovens negros. Em 2013, 63,8% dos adolescentes negros dessa faixa etária apenas estudavam; em 2023, essa proporção subiu para 74,3%, mesmo com a redução do número total de jovens negros no estado. Entre os não negros, o percentual passou de 62% para 64%, acompanhando o crescimento do grupo em termos absolutos.
O estudo também registra queda acentuada na inserção precoce no mercado de trabalho entre jovens negros. O número de adolescentes negros que estudavam e trabalhavam ou procuravam emprego caiu 29,8% em dez anos, enquanto entre os não negros houve aumento de 24,3%. Entre aqueles que trabalhavam ou buscavam trabalho sem estudar, a redução entre negros chegou a 55,2%, passando de 30 mil para 13 mil, ao passo que entre não negros houve pequena variação de 7 mil para 8 mil jovens.
O contingente de jovens que não estudavam e não trabalhavam também diminuiu de forma significativa: queda de 56,9% entre os negros e 20,3% entre os não negros. Para os autores, esses resultados refletem avanços de políticas de transferência de renda e ações de combate ao trabalho infantil. Entre os programas de permanência estadual se destacam o Bolsa Presença, do Governo do Estado, o Pé-de-Meia, implementado pelo governo federal.
No entanto, o boletim observa que parte dessas mudanças pode estar relacionada à redução da própria população negra de 15 a 17 anos, que diminuiu 14,1% no período, enquanto o número de jovens não negros cresceu 21,3% — o que exige novas investigações sobre mudanças demográficas e seus impactos.