Ipac celebra a diversidade com duas grandes exposições

Ipac celebra a diversidade com duas grandes exposições Foto: Divulgação O Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (Ipac), órgão vinculado à Secretaria de Cultura do Estado da Bahia (Secult), celebra a diversidade e a potência da produção artística, da arte contemporânea às tradições ancestrais, com a abertura de duas importantes exposições em seus … Leia Mais


Guanambi sedia Seminário do Algodão

Guanambi sedia Seminário do Algodão Fotos: Abapa Para promover a capacitação e o intercâmbio de conhecimentos sobre as melhores práticas para a cultura do algodão no Sudoeste da Bahia, a Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab) realizou ontem (18), no município de Guanambi, um seminário com foco na sustentabilidade, agricultura regenerativa e defesa fitossanitária. … Leia Mais


Legislativo aprecia nove proposições

A Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA) aprovou, por acordo entre as lideranças da Maioria e da Minoria, nesta terça-feira (18), oito proposições, sendo um projeto oriundo do Executivo direcionado a servidores; quatro propostas do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) que versam sobre comarcas do interior; uma do Tribunal de Contas do Estado (TCE); além … Leia Mais


SJDH e Metrô Bahia exibem exposição em alusão ao Novembro Negro

SJDH e Metrô Bahia exibem exposição em alusão ao Novembro Negro Tia Ciata A Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (SJDH), em parceria com o Metrô Bahia, realizará um conjunto de ações em alusão ao Novembro Negro. As atividades ocorrerão na Estação Rodoviária, em Salvador. A estreia será a partir do dia 19 de novembro … Leia Mais


ALBA debate Marcha das Mulheres Negras em audiência pública

A Comissão de Educação, Cultura, Ciência e Tecnologia e Serviço Público da Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA), presidida pela deputada Olívia Santana (PC do B), realiza nesta quarta-feira (19) uma audiência pública intitulada “Marcha Nacional das Mulheres Negras: Por Reparação e Bem Viver”. O encontro tem como objetivo ampliar o debate sobre políticas públicas voltadas … Leia Mais


SDR marca presença no lançamento do pré-teste do 12º Censo Agropecuário, Florestal e Aquícola, durante a COP-30


SDR marca presença no lançamento do pré-teste do 12º Censo Agropecuário, Florestal e Aquícola, durante a COP-30
SDR marca presença no lançamento do pré-teste do 12º Censo Agropecuário, Florestal e Aquícola, durante a COP-30

Foto: Rodrigo Pimentel/Ascom SDR

A Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR) marcou presença no lançamento do pré-teste do 12º Censo Agropecuário, Florestal e Aquícola, a principal pesquisa estatística sobre a produção agropecuária e extrativista do país. Realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o ato aconteceu de forma conjunta em Salvador (BA), nesta segunda (17), na sede do Sistema FAEB/SENAR, e na 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP-30), em Belém (PA).

Na capital baiana, o evento contou com apresentações sobre o projeto básico do Censo e os aspectos operacionais da primeira prova piloto. O pré-teste é crucial para avaliar a clareza dos questionários, especialmente junto aos 28 segmentos de povos e comunidades tradicionais, que pela primeira vez serão incluídos no levantamento. A iniciativa amplia a compreensão sobre territórios e modos de produção no Brasil e garante que as inovações metodológicas permitam um retrato fiel da realidade rural brasileira.

Durante a cerimônia do Plano Nacional de Desenvolvimento Sustentável dos Povos e Comunidades Tradicionais, em Belém, o IBGE também anunciou o primeiro teste preparatório para o Censo Agro. A etapa será iniciada ainda em novembro e envolverá seis municípios distribuídos por diferentes regiões e biomas.
Para o secretário de Desenvolvimento Rural, Osni Cardoso, o alinhamento técnico nesta fase é decisivo para o futuro das políticas da pasta. “Nossa presença visa garantir que o mapeamento capte a verdadeira diversidade da agricultura familiar. É um marco histórico, que está dando visibilidade estatística aos povos tradicionais e servirá de bússola para nossas políticas públicas, levando desenvolvimento e sustentabilidade exatamente onde o homem e a mulher do campo precisam”, afirmou.

O secretário da Agricultura, Pecuária, Irrigação, Pesca e Aquicultura do Estado da Bahia, Pablo Barrozo, reforçou a importância da iniciativa ao destacar que “com a realização desse censo, nós vamos conhecer a realidade atual do trabalho na área agrícola, que tanto emprega e tanto gera renda para a população, sobretudo para a baiana. Então, fica aqui nossos parabéns para o IBGE e para a parceria com o Governo da Bahia, para que possamos fazer um censo que realmente traga a realidade do nosso povo, para que a gente possa crescer juntos”.

Bahia no Censo Demográfico 2022

No Censo Demográfico 2022, a Bahia se destacou como o estado com o maior número de quilombolas do país, com 397.059 pessoas autodeclaradas, o que representa cerca de três em cada dez quilombolas brasileiros. O estado também lidera em localidades quilombolas, com 1.814 comunidades, e reúne cinco dos dez municípios com maior população quilombola, incluindo Salvador e Feira de Santana.

Em relação aos povos indígenas, a Bahia abriga 245 comunidades pertencentes a 31 povos originários. Com 229.443 pessoas autodeclaradas no Censo 2022, o estado possui a segunda maior população indígena do Brasil, ficando atrás apenas do Amazonas.

Fonte: Ascom/SDR


Com apoio da Setur-BA, documentário internacional sobre cultura iorubá promove afroturismo baiano


Com apoio da Setur-BA, documentário internacional sobre cultura iorubá promove afroturismo baiano
Com apoio da Setur-BA, documentário internacional sobre cultura iorubá promove afroturismo baiano

Foto: Eduardo Bastos/Ascom Setur-BA

O documentário “Amazing Grace: YorubaWorlds”, dirigido pelo premiado cineasta haitiano-americano Raynald Leconte, teve pré-estreia em Salvador, na noite de segunda-feira (17), na Sala de Arte da Universidade Federal da Bahia (Ufba), depois das primeiras exibições na Universidade de Harvard e na sede da Organização das Nações Unidas (ONU), nos Estados Unidos. Ele mostra a presença da cultura iorubá, de matriz africana, em países como Nigéria, Haiti, Cuba, Jamaica, Estados Unidos e Brasil, com destaque para a Bahia. O documentário tem o apoio da Secretaria de Turismo do Estado (Setur-BA), como parte das ações de promoção internacional das atividades turísticas baianas ligadas às tradições afro.
O cineasta escolheu Salvador para o lançamento em solo brasileiro, porque foi na cidade que o projeto inicial sofreu modificações, depois que o prêmio Nobel de Literatura em 1986, o nigeriano Wole Soyinka, apontou o Brasil como um dos principais países a preservar a tradição iorubá, tendo a Bahia como a maior referência. A partir de uma entrevista com o escritor africano, Leconte montou o filme.
“Todos os meus filmes são baseados na beleza de um país. O primeiro foi sobre o Haiti, o segundo sobre Cuba e o terceiro seria sobre a Nigéria, até que vim à Bahia, em 2017, e percebi que Salvador é como Porto Príncipe, no Haiti; Kinshasa, no Zaire; Dakar, no Senegal; e Lagos, na Nigéria. Por isso, a Bahia é tão importante, quando lidamos com as histórias de afrodescendentes, diásporas e tudo o que vem junto”, explicou o cineasta.
O filme tem cenas gravadas na capital baiana, com depoimentos dos músicos Gilberto Gil e Carlinhos Brown, da ministra da Cultura, Margareth Menezes, da contadora de histórias africanas do Terreiro da Casa Branca, Mãe Sissi, e do presidente da Fundação Palmares, João Jorge Rodrigues.
O embaixador da produção no Brasil, o ministro de primeira classe do Itamaraty, Francisco Luz, intermediou os contatos para que Leconte entrevistasse as personalidades baianas. Antes da pré-estreia, os dois se reuniram com a titular da Setur-BA em exercício, Giulliana Britto, na sede da secretaria, para discutir ações conjuntas na divulgação da Bahia no exterior.
“O filme irá percorrer os principais festivais de cinema do mundo, em 2026, projetando a influência iorubá na Bahia. Agradecemos muito o apoio da Setur-BA, para viabilizar o projeto”, relatou o diplomata brasileiro.
“O Governo do Estado apoia iniciativas que contribuem para a valorização da cultura baiana, e o documentário de Leconte, bem elaborado e de alcance mundial, cumpre esse papel. A obra reforça a posição da Bahia como o principal destino brasileiro, na oferta de experiências do afroturismo”, ressaltou Giulliana Brito.
 

Fonte: Ascom/Setur-BA
 


Hilton destaca conquista histórica do território Tupinambá de Olivença



O deputado Hilton Coelho (Psol) apresentou, na Assembleia Legislativa, uma moção de aplausos em reconhecimento à conquista histórica do povo Tupinambá de Olivença, que obteve, no Dia dos Povos Indígenas e durante a COP30, em Belém, a assinatura da portaria declaratória de reconhecimento de seu território tradicional pelo ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski.

“Trata-se de um marco político e civilizatório que corrige parte de uma injustiça secular imposta por processos de expropriação, violência e apagamento. Que esta vitória monumental impulsione o caminho rumo à homologação final e ao pleno reconhecimento do território sagrado que pertence, desde sempre, ao povo Tupinambá”, afirmou o parlamentar.

A portaria que oficializa a Terra Indígena Tupinambá de Olivença simboliza, segundo Hilton, décadas de resistência e mobilização de um povo que jamais permitiu que sua ancestralidade fosse negada. Ele lembrou que a conquista ocorre no mesmo ano da XXV Peregrinação em memória dos mártires do Rio Cururupe, reafirmando — como há 25 anos — a verdade inabalável: “O povo Tupinambá existe. Não foi extinto. Está aqui desde sempre.”

A força espiritual e política deste momento também foi expressa nas palavras de Nádia Akawa, liderança Tupinambá, que emocionou o país ao declarar: “Valeu a pena e ainda está valendo cada esforço, cada lágrima, cada palavra.”

Hilton Coelho acrescenta que “a área reconhecida, cerca de 47 mil hectares identificados desde 2009, dos quais 80% são habitados pelos Tupinambá, representa um passo decisivo contra as invasões, os conflitos fundiários e os projetos predatórios que historicamente violaram o território, incluindo grandes empreendimentos turísticos e decisões judiciais que tentaram expulsar famílias de suas áreas retomadas”.

Após a portaria declaratória, o processo segue para a homologação presidencial, etapa final “para garantir a desintrusão e consolidar a reparação histórica de um povo que enfrentou séculos de violência colonial.”

AVANÇOS NA POLÍTICA

Para o parlamentar, a conquista integra o mais robusto avanço na política de demarcação territorial indígena desde 2010. Outras dez portarias declaratórias foram assinadas simultaneamente em sete estados, compondo um conjunto de 21 portarias emitidas pelo Ministério da Justiça em pouco mais de um ano, rompendo seis anos de paralisia e reafirmando o compromisso com a justiça territorial, a demarcação das terras indígenas e a dignidade dos povos originários.

“Com esta moção de aplausos, a Assembleia Legislativa presta homenagem à comunidade Tupinambá de Olivença, à Teia dos Povos, às lideranças, aos anciãos, às mulheres, aos jovens e às crianças que, como afirma o Cacique Ramon Tupinambá, mantêm vivo ‘o tronco e as raízes da resistência’. Uma conquista que inspira novos passos e novas vitórias para os povos indígenas”, concluiu o deputado.



Fonte


Novembro Negro nas bibliotecas públicas da Bahia reforça a luta por liberdade e respeito à memória e ancestralidade


Novembro Negro nas bibliotecas públicas da Bahia reforça a luta por liberdade e respeito à memória e ancestralidade
Novembro Negro nas bibliotecas públicas da Bahia reforça a luta por liberdade e respeito à memória e ancestralidade

Ainda dá tempo de conferir os eventos que estão acontecendo nas bibliotecas públicas do estado da Bahia, promovidos pela Fundação Pedro Calmon (FPC), unidade vinculada à Secretaria de Cultura da Bahia (Secult-BA). A programação promovida pelo Sistema de Bibliotecas Públicas do Estado (SEBP-BA), inaugurada em 4 de novembro, segue com a Exposição “Odé Kaioyodê” e a Semana Cultural Mãe Stella de Oxossi, iniciada em 17 de novembro, na Biblioteca Pública do Estado da Bahia (Rua General Labatut – Barris – Salvador).

Na Biblioteca Anísio Teixeira (Av. Sete de Setembro, 105 – Centro – Salvador), acontecerá o IV Festival Curta Ypiranga, no próximo 19 de novembro, a partir das 8h30. Serão exibidos treze curtas-metragens produzidos por alunos do ensino fundamental e médio, com a temática Leituras Negras, que se baseiam nos livros Na minha pele, de Lázaro Ramos, Quarto de despejo, de Carolina Maria de Jesus, Ladeira da Preguiça, de Ivanildo Gonçalves, Um defeito de Cor, de Ana Maria Gonçalves e Olhos D’água, de Conceição Evaristo.  

No mesmo dia 19, a Biblioteca Infantil Monteiro Lobato (Praça Conselheiro Almeida Couto, sn – Nazaré  –  Salvador) sediará a palestra “Salvador e África – da Diáspora Africana à Revolta dos Malês”, com o professor de História João Geraldo, que abordará as múltiplas formas de resistência e a luta dos negros escravizados pela liberdade. No auditório Jorge Conceição, a partir das 10h.

Em Itaparica, a Biblioteca Juracy Magalhães Junior (Av. Rui Barbosa, sn) realizará a Mesa de Conversa: Diálogos necessários – Lei nº 11.645/2008. Os professores João Faustino e Lucinaldo Reis, e o babalorixá do Terreiro Ilé Asé Olu Aye Azoany, Sérgio Nascimento, analisarão a aplicação da Lei que tornou obrigatório o ensino da História e da cultura negra nas escolas brasileiras. No auditório da Biblioteca, no dia 19 de novembro, a partir das 14h.

A Biblioteca Pública Thales de Azevedo (Rua Adelaide Ferreira da Costa, sn, Costa Azul – Salvador)  também participa do “Novembro Negro” com a palestra Relatos de Vida e Superação, ministrada pela doutora em Educação Iolanda Carvalho de Oliveira. O colóquio irá promover relatos de histórias inspiradoras de luta, resiliência e conquistas pessoais da. Dia 21 de novembro, às 10h30, no auditório da Biblioteca.

Na Biblioteca Juracy Magalhães Junior de Salvador (Rua Borges dos Reis, sn – Rio Vermelho), acontecerá o Workshop O que as palavras não contam? – Letramentos e resistência feminina em Conceição Evaristo. Conduzido pela Doutora em Ciência da Informação Bruna Lessa, o workshop propõe uma imersão no conceito de “escrevivência”, explorando as narrativas de mulheres negras como forma de resistência. Dia 27 de novembro, a partir das 15hs, no Espaço Caramuru.

O encerramento do “Novembro Negro”, dia 28 de novembro, será coroado com a Cerimônia de entrega da 3ª edição da ‘Campanha Cadê Minha Boneca Preta?’, na Biblioteca Juracy Magalhães Júnior de Itaparica. O projeto se propõe a elevar a autoestima e a busca de sua própria identidade com a distribuição de bonecas a crianças em vulnerabilidade social, e é ao mesmo tempo uma forma de lembrar a persistência do racismo que precisa ser enfrentado com ações sociais efetivas.  No Auditório da Biblioteca, a partir das 9hs.

A promoção do “Novembro Negro” faz parte da estratégia do Governo do Estado, que fomenta iniciativas que consolidem a cultura, a ancestralidade e a história do povo formador das raízes da Bahia, que se orgulha de ser o estado mais negro do Brasil.

Todos os eventos têm entrada franca e livre para todos os públicos. 

Fonte: Ascom/FPC 
 


Transição energética e turismo sustentável norteiam agenda da Bahia na COP30, nesta terça-feira (18)


Transição energética e turismo sustentável norteiam agenda da Bahia na COP30, nesta terça-feira (18)
Transição energética e turismo sustentável norteiam agenda da Bahia na COP30, nesta terça-feira (18)

Foto: Aline Silva/ Ascom Consórcio Nordeste

Em meio às negociações globais que marcam a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), o Governo da Bahia vem ampliando o diálogo com parceiros nacionais e internacionais ao apresentar ações estruturantes conduzidas pela Secretaria do Meio Ambiente (Sema) e pelo Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema). A conferência segue até sexta-feira (21), em Belém (PA).

Nas discussões desta semana, a Bahia compartilhou avanços em transição energética, recaatingamento, conservação marinho-costeira e apresentou o Projeto PROT’AIR, iniciativa desenvolvida em parceria com a França para fortalecer o turismo sustentável e a gestão de áreas protegidas.

Na segunda-feira (17), a superintendente de Inovação e Desenvolvimento Ambiental da Sema, Maiana Pitombo, iniciou a semana de atividades na COP30 destacando que a missão da Bahia e dos estados do Nordeste é garantir uma transição energética verdadeiramente justa. Segundo ela, a regulamentação é essencial para oferecer segurança jurídica aos investidores e assegurar que as comunidades locais sejam beneficiadas.

“A Bahia, pioneira com sua Política Estadual de Transição Energética, avança agora na regulamentação e na criação de polos de transição. O estado também trabalha na estruturação do mercado de carbono, reforçando uma agenda contínua, fortalecida recentemente pela autorização para 110 vagas em concurso público na área ambiental”, afirmou Pitombo.

Por fim, a superintendente enfatizou que o Consórcio Nordeste e o Plano Brasil Nordeste de Transformação Ecológica têm sido decisivos para alinhar ações entre os estados, garantindo que a transição energética impulsione desenvolvimento, renda e justiça social em toda a região.

Turismo Sustentável e Áreas Protegidas França-Bahia

Nesta terça-feira (18), a Sema e o Inema participaram de um debate com o Consórcio Nordeste, a Federação dos Parques Naturais Regionais da França, a Aliança Futuri, WWF e a Rede Trilhas, com foco na cooperação internacional para o fortalecimento do turismo sustentável em áreas protegidas.

Durante o encontro, o coordenador de Unidades de Conservação do Inema, Mateus Camilo, destacou a relevância das APA Litoral Norte e APA Mangue Seco, que integram a Reserva da Biosfera da Mata Atlântica. “Temos 12 postos avançados instalados entre Salvador e Sergipe, voltados ao turismo regenerativo e à vivência direta com a comunidade e a biodiversidade locais”, afirmou.

Mateus também apresentou os avanços na implantação da primeira trilha de longo curso da Bahia, localizada na região de Divisa, na Chapada Diamantina. “O Inema estrutura, por meio de um grupo de trabalho interno, o plano de ação da trilha, que terá cerca de 40 quilômetros e integrará duas Unidades de Conservação, a APA Serra do Barbado e a área das nascentes do Rio de Contas, em articulação com atores locais e parceiros do território”, completou.

Ele ressaltou ainda o PROT’AIR, iniciativa de cooperação entre Bahia e França voltada ao desenvolvimento do turismo sustentável em áreas protegidas. O projeto tem como área piloto a APA Caminhos Ecológicos da Boa Esperança, no Baixo Sul, englobando os municípios de Valença, Taperoá e Nilo Peçanha, com o envolvimento de comunidades tradicionais.

Presente na COP30, a engenheira agrônoma e voluntária de Solidariedade Internacional da Federação dos Parques Naturais Regionais da França, Morgane Brites, atualmente sediada na Sema, apresentou o modelo dos Parques Naturais Regionais franceses. “A França conta com 59 parques naturais, que juntos representam cerca de 17% do território nacional. Esses territórios reúnem uma impressionante diversidade de paisagens e habitats, montanhas, florestas, áreas úmidas, pomares e zonas litorâneas, e abrigam uma biodiversidade extraordinária”, destacou.

No debate, a superintendente Maiana Pitombo acrescentou que o modelo dos Parques Naturais Regionais da França, envolvendo certificação associada às áreas protegidas, está sendo estudado para adaptação à realidade baiana, com perspectiva de expansão para todo o Nordeste. “Esse movimento pode ser construído em parceria com o Consórcio Nordeste, buscando estruturar uma iniciativa semelhante à adotada no México, com apoio da Federação dos Parques Naturais Regionais da França”, explicou.

Segundo ela, o principal desafio é criar mecanismos que valorizem produtos e serviços associados às áreas protegidas. “No Litoral Norte, por exemplo, grande parte do território está inserida em uma APA. Isso nos permite trabalhar modelos que reconheçam e fortaleçam iniciativas que contribuem para a conservação dessas áreas, que são essenciais para o estado”, ressaltou.

Maiana reforçou ainda que o turismo sustentável oferece alternativas reais ao avanço de práticas predatórias. “Não é preciso desmatar para garantir renda. O turismo, quando bem estruturado, é uma fonte consistente de desenvolvimento para as comunidades. E países como a França, referência em trilhas de longo curso, mostram o quanto esse modelo pode ser transformador”, concluiu.

Fonte: Ascom/Sema