Aprovação de Heldinho Macedo atinge 74% em Euclides da Cunha, segundo pesquisa I&A



O prefeito de Euclides da Cunha, Heldinho Macedo (PDT), segue com alto índice de aprovação popular no município do nordeste baiano. De acordo com pesquisa realizada pelo Instituto Índices & Análises (I&A), entre os dias 20 e 24 de maio, 74% dos entrevistados aprovam a atual gestão municipal.

O levantamento ouviu 800 eleitores com 16 anos ou mais e revelou que 68,2% consideram a administração como “boa” (59%) ou “ótima” (9,2%). Apenas 5,1% classificaram como “ruim” e 8,6% como “péssima”. A pesquisa tem margem de erro de 2,9 pontos percentuais e índice de confiança de 90%.

Entre os dados de destaque está a percepção positiva sobre o futuro da gestão: 35,1% dos entrevistados acreditam que Heldinho fará um governo melhor que o do ex-prefeito Luciano Pinheiro (PDT), seu aliado político e atual pré-candidato a deputado estadual.

A aprovação do prefeito é ainda mais expressiva entre o público feminino, com 80,3%, e entre eleitores com ensino superior, com 84,2%. O levantamento também aponta que 55,6% da população dizem confiar no gestor municipal.

A pesquisa avaliou ainda a atuação dos governos estadual e federal. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem aprovação de 64% entre os euclidenses, enquanto o governador Jerônimo Rodrigues (PT) aparece com 54,1% de avaliação positiva.

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Fazenda projeta PIB crescendo de forma estável no resto de 2025



Foto: Marcos Oliveira /Agência Senado/Arquivo
Guilherme Mello, secretário de Política Econômica da Fazenda 30 de maio de 2025 | 13:31

Fazenda projeta PIB crescendo de forma estável no resto de 2025

O Ministério da Fazenda prevê que o ritmo de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) será relativamente constante durante o resto de 2025, “repercutindo os efeitos contracionistas da política monetária”.

A economia brasileira cresceu esse 1,4% na comparação com os três meses finais de 2024, de acordo com dados divulgados nesta sexta (30) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Em nota sobre o desempenho, a SPE (Secretaria de Políticas Econômicas) afirma que a alta de 1,4% verificada nos primeiros meses deste ano foi aquém da expectativa do governo, que projetava 1,6%.

A secretaria menciona em dois momentos os juros, um deles ao fazer a projeção para o resto do ano e, em outro, ao dizer que “atividades menos sensíveis ao ciclo monetário e de crédito contribuíram em maior magnitude para explicar a expansão da atividade no primeiro trimestre, com destaque para a agropecuária”.

A taxa básica de juros, a Selic, fechou o primeiro trimestre em 14,25% ao ano e voltou a subir em maio, para 14,75%, o maior patamar em quase duas décadas. O aperto praticado pelo BC (Banco Central) busca frear a inflação e ancorar as expectativas dos agentes financeiros.

Pelo lado da produção, o que mais aumentou foi a agropecuária, mas a secretaria afirma que “a partir do segundo trimestre de 2025, a contribuição do setor agropecuário para o crescimento deverá se tornar negativa”.

A nota aponta que os próximos meses não deverão ser de grande crescimento, mas ainda assim manteve sua projeção de alta de 2,4% do PIB neste ano, “considerando a resiliência que vem sendo observada tanto no mercado de trabalho como de crédito”.

Pelo lado da produção, todos os setores cresceram menos do que a SPE estimava. “Surpreendeu o menor crescimento do PIB de serviços, principalmente devido às variações inferiores às projetadas para serviços de informação, imobiliários e prestados às famílias. As variações observadas para o PIB da agropecuária e da indústria também foram pouco inferiores às projetadas. Para a indústria, foi surpresa a maior queda na produção da transformação e o recuo da construção”.

Ao olhar a comparação da produção com o mesmo período do ano passado, a secretaria afirmou que esperava um crescimento de 3,1%, mas que o resultado ficou em 2,9%.

O PIB pode ser medido pelo lado da produção (dividida em setores: agropecuária, indústria e serviços), ou pelo lado da demanda.

Ao analisar essa segunda categoria, a SPE afirmou que houve uma piora do setor externo (ou seja, as importações cresceram mais do que as exportações), mas que o consumo, os gastos do governo e os investimentos (chamados de formação bruta de capital fixo) compensaram.

“Pela ótica da demanda, a absorção doméstica seguiu contribuindo positivamente para o crescimento, mais que compensando a contribuição negativa vinda do setor externo.”

Para a SPE, o consumo das famílias cresceu menos por causa da “desaceleração no ritmo de expansão da população ocupada, da massa de rendimentos e das concessões de crédito”.

O investimento cresceu “pela atividade de construção, pela expansão da produção nacional e das importações de bens de capital, além do crescimento no desenvolvimento de softwares”. A secretaria também afirma que a importação de uma plataforma de petróleo ajudou a aumentar a formação bruta em capital fixo.



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STF tem maioria para manter PIS/Cofins na base da CPRB e evita perda de R$ 1,3 bi à União



Foto: Divulgação/Arquivo
Supremo Tribunal Federal (STF) 30 de maio de 2025 | 14:02

STF tem maioria para manter PIS/Cofins na base da CPRB e evita perda de R$ 1,3 bi à União

O Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria para manter o PIS/Cofins na base de cálculo da Contribuição Previdenciária sobre a Receita Bruta (CPRB), livrando a União de uma derrota estimada em R$ 1,3 bilhão. O julgamento é realizado no plenário virtual e tem encerramento previsto para a meia noite desta sexta-feira, 30.

O tema é mais uma entre as chamadas “teses filhotes” da “tese do século”, julgamento de 2017 no qual o Supremo excluiu o ICMS da base de cálculo do PIS/Cofins e causou um rombo de centenas de bilhões à União.

Como já mostrou o Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) já mapeou 72 teses de contribuintes na Justiça que buscam estender a outras situações o entendimento proferido na “tese do século” sob o argumento de que não incide tributo sobre tributo. Na maioria dos casos, contudo, os tribunais superiores têm negado o pleito dos contribuintes, mantendo a carga tributária mais alta.

O relator, André Mendonça, votou de forma favorável à União. Para ele, neste caso não deve ser aplicado o entendimento da “tese do século”, e sim precedentes que reconheceram a inclusão do ICMS e do ISS na base da CPRB. Isso porque as normas que regem a base de cálculo do PIS/Cofins e da CPRB são distintas.

Mendonça entendeu que a CPRB tem natureza de benefício fiscal, porque pode ser escolhida pelo contribuinte em substituição à contribuição previdenciária calculada sobre a folha, que tende a ser maior. Por isso, a redução da base de cálculo da contribuição seria um alargamento de benefício fiscal não previsto em lei, de acordo com o ministro.

Até o momento, Mendonça foi acompanhado pelos ministros Alexandre de Moraes, Cristiano Zanin, Flávio Dino, Edson Fachin e Dias Toffoli. Cármen Lúcia acompanhou o relator com a ressalva já manifestada nos julgamentos sobre a inclusão do ICMS e do ISS na base da CPRB. Nas ocasiões, ela votou pela inconstitucionalidade da inclusão de outros tributos na base de cálculo da CPRB, mas foi voto vencido.

Lavínia Kaucz, Estadão Conteúdo



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Dólar fecha em forte alta e Bolsa cai com inflação dos EUA, tensões comerciais e PIB do Brasil



Foto: Valter Campanato/Agência Brasil/Arquivo
Moeda americana fechou em forte alta de 0,93% nesta sexta-feira (30), cotado a R$ 5,720 30 de maio de 2025 | 17:45

Dólar fecha em forte alta e Bolsa cai com inflação dos EUA, tensões comerciais e PIB do Brasil

Dólar fecha em forte alta e Bolsa cai com inflação dos EUA, tensões comerciais e PIB do Brasil

O dólar fechou em forte alta de 0,93% nesta sexta-feira (30), cotado a R$ 5,720, com dados da inflação dos Estados Unidos e a nova escalada das tensões comerciais dos norte-americanos com a China em foco.

Ainda, na cena doméstica, os números do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro foram destaque.

A cotação também foi influenciada pela formação da Ptax de fim de mês. A taxa, calculada pelo BC (Banco Central) com base no mercado à vista, serve de referência para a liquidação de contratos futuros e costuma gerar volatilidade nas negociações, conforme os investidores tentam direcioná-la a níveis mais convenientes às suas posições.

A Bolsa, por outro lado, fechou em forte queda de 1,02%, a 137.120 pontos, segundo dados preliminares.

“A valorização do dólar refletiu uma combinação de fatores externos e domésticos. A moeda se fortaleceu diante das emergentes, puxada pela queda de commodities como o minério de ferro e o petróleo, além do ajuste técnico em torno do fechamento Ptax no Brasil”, diz João Duarte, especialista em câmbio da One Investimentos.

No cenário externo, os olhos estiveram voltados à inflação dos EUA medida pelo PCE (índice de preços de consumo pessoal, na sigla em inglês). O indicador favorito do Fed (Federal Reserve, o banco central norte-americano) para balizar as decisões de política monetária subiu 0,1% na base mensal em abril, ante estabilidade no mês anterior.

No acumulado de 12 meses, o indicador desacelerou para 2,1%, de um ganho de 2,3% março. Os números vieram praticamente em linha com o esperado.

Com os dados desta sexta, o mercado mantém as apostas de que o primeiro corte na taxa de juros —hoje na faixa de 4,25% e 4,5%– ocorrerá em setembro. “Os rendimentos dos títulos ligados ao Tesouro dos EUA voltaram a subir, sinalizando que o mercado ainda aposta em juros elevados nos Estados Unidos por mais tempo”, comenta Duarte.

As previsões levam em conta, também, os efeitos da política tarifária sobre a economia. Nesta sexta, Trump acusou os chineses de violarem a trégua estabelecida no meio do mês. “Eu fiz um acordo rápido com a China para salvá-los do que eu achava que seria uma situação muito ruim, e eu não queria ver isso acontecer”, publicou o presidente na plataforma Truth Social.

“A China, talvez não surpreendentemente para alguns, violou totalmente seu acordo conosco. Adeus ao papel de bonzinho!” Trump não deu detalhes de como essa violação ocorreu.

Os comentários sugerem que as tensões voltaram a escalar entre as duas potências econômicas, após um lento progresso nas negociações de longo prazo. Há duas semanas, China e EUA chegaram a um acordo em Genebra que reduzia temporariamente as tarifas retaliatórias, que haviam subido para até 145%.

O tarifaço anunciado no mês passado foi posto à prova nesta semana, depois que um tribunal comercial dos EUA decidiu que o presidente não tinha poderes legais para impor as taxas.

No entanto, um tribunal superior suspendeu a decisão na quinta, e a Casa Branca, em paralelo, busca recurso. A batalha judicial aumenta a incerteza em torno das negociações dos EUA com a China e outros parceiros comerciais importantes.

“Há uma leitura de que a Casa Branca está determinada a aplicar essas tarifas, então mesmo que a ordem judicial sobreviva a todos os recursos no futuro, há uma percepção de que a Casa Branca utilizaria outros mecanismos legais para aplicar essas taxas”, diz Leonel Mattos, analista de inteligência de mercado da StoneX.

“O questionamento jurídico das tarifas e a dificuldade de negociação com a China trazem maior aversão ao risco global”.

Já na cena doméstica, os dados do PIB foram destaque. Puxada pela recuperação da safra agrícola, a economia brasileira acelerou o ritmo de crescimento para 1,4% no primeiro trimestre de 2025, na comparação com os três meses finais de 2024, informou o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

O resultado ficou próximo da mediana das expectativas do mercado financeiro, que era de 1,5%, de acordo com a agência Bloomberg. O intervalo das previsões ia de 0,9% a 1,9%.

A alta de 1,4% é a maior desde o segundo trimestre de 2024, quando o avanço foi de 1,5%, conforme dados revisados nesta sexta pelo IBGE. Considerando apenas o período de janeiro a março, a nova taxa repete o crescimento do início de 2023 (1,4%).

A agropecuária cresceu 12,2% ante o quarto trimestre de 2024. Enquanto isso, o setor de serviços teve variação positiva de 0,3%, e a indústria ficou praticamente estável, com leve recuo de 0,1%.

O salto da agropecuária veio no embalo da recuperação da safra de grãos, cujo efeito no PIB fica mais concentrado no início do ano. As projeções indicam produção recorde no campo em 2025.

Para Rafael Perez, economista da Suno Research, o quadro aponta para uma economia que deverá crescer menos nos próximos trimestres, apesar da leitura forte nos três primeiros meses do ano.

“O aperto monetário deve ser sentido com mais força ao longo do ano e as incertezas fiscais, conjuntamente com as turbulências no cenário externo, devem pesar negativamente sobre a atividade”, afirma.

“Ainda assim, a combinação entre um mercado de trabalho sólido e os estímulos ao consumo e ao crédito por parte do governo devem amenizar os efeitos da política monetária, contribuindo para atenuar uma queda mais forte do PIB ao longo do ano”.

Folhapress



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“País não pode abrir mão de R$ 41 bilhões”



O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, defendeu nesta quinta-feira (12/6) a tributação de LCIs (Letras de Crédito Imobiliário) e LCAs (Letras de Crédito do Agronegócio) como parte das medidas para compensar a redução do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras). Atualmente, esses papéis são isentos de Imposto de Renda.

Segundo o ministro, os títulos somam R$ 1,7 trilhão em circulação e geram uma renúncia fiscal estimada em R$ 41 bilhões. A proposta em debate prevê o fim total ou parcial dessa isenção, com regulamentação feita pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que também envolve o Banco Central.

“Você carregar R$ 1,7 trilhão em títulos isentos, somando uma renúncia fiscal de R$ 41 bilhões, com a taxa de juros no patamar que está, o país não está em condição de abrir mão de 100% do tributo que todo mundo paga quando compra um título do Tesouro”, afirmou Haddad.

A medida está sendo analisada no contexto da reformulação do sistema tributário, especialmente para equilibrar as contas públicas em 2025. Com a mudança, a cobrança passaria a incidir sobre aplicações em setores como agronegócio e construção civil, até então favorecidos com incentivos fiscais.

O governo ainda não divulgou qual será a alíquota proposta nem a partir de quando a nova regra poderá valer. O tema deve ser debatido com o mercado e no Congresso Nacional.

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