
A noite da última quinta-feira (16), na Arena, marca uma tentativa de reaproximação. Um dos jogadores mais criticados do grupo, Pavon foi destaque na vitória por 2 a 0 sobre o São Paulo.
O argentino não marcou gols ou deu assistência na partida. Mas depois de muitas outras jornadas em que a parte técnica deixou a desejar, o camisa 7, enfim, aliou o empenho com rendimento. Uma combinação que nem sempre andou junta em sua passagem no clube.
A passagem do jogador pelo Grêmio começou com muita expectativa. Em sua estreia, no ano passado, o atacante marcou um gol e deu duas assistência na goleada por 6 a 2 sobre o Santa Cruz, na Arena.
Se a largada em Porto Alegre com oito jogos até o título do Gauchão teve sete participações em gols, o restante da temporada foi turbulento. Nas demais 28 partidas em que ele foi utilizado em 2024, apenas três assistências e dois bolas na rede.
Junto das dificuldades de apresentar seu melhor futebol, o atacante também perdeu tempo com algumas lesões musculares. Mesmo com o ranço dos gremistas com o rendimento no último ano, Pavon seguiu com oportunidades no Grêmio.
Saída frustrada e volta por cima
A expectativa de propostas do Exterior não se confirmou na janela do final de 2024. Começou a temporada 2025 como titular com Gustavo Quinteros até as chegadas de Amuzu e Cristian Olivera.
Após a ida para a reserva, esteve no radar de outros clubes. Mas voltou a ter chances com Mano Menezes. De todas as movimentações no mercado, a troca com o Racing foi a única movimentação que chegou perto da confirmação. Zaracho viria a Porto Alegre e ele iria para Buenos Aires.
Mas o atacante não aceitou sair por empréstimo. A decisão de permanecer rendeu frutos. Virou titular novamente desde o Gre-Nal, com boa atuação no clássico.
— Todos vão mal e todos vão bem. Isso que é o mais importante para a gente. Determinadas funções exigem valências físicas, exigem um monte de coisa que nem todos têm — disse Mano, após a vitória sobre o São Paulo, e exemplificou:
— Por exemplo, marcar o ala de um time que joga com linha de três e espeta o ala lá no meio de campo em cima. Quem é que vai marcar esse jogador? Porque tem que marcar, né? Eu sinto muito avisar, mas tem que marcar. A bola vai chegar lá e quem vai marcar? Geralmente, você escolhe um jogador que tenha capacidade de baixar, recuperar a bola e atacar, porque tem que atacar.
O treinador gremista, então, concluiu sua linha de pensamento:
— Se eu escolho um jogador que não tem valência física, ele vai baixar para defender, mas não vai ter saída. Nós precisamos de saída. Às vezes esse jogador baixa no campo e ele tem que ter valência física para chegar.
Espaço aberto
A lesão de Alysson, que deixou o campo na Arena na última quinta no inicio do primeiro tempo, abre as portas para a manutenção do argentino no time titular. Cristian Olivera não vive bom momento técnico. Willian segue no departamento médico. Então o argentino será novamente a opção da comissão técnica.
Curiosamente, mesmo em uma noite que deixou boa impressão, Pavon completou a indigesta marca de 30 jogos consecutivos sem fazer gols. Contra ao Pelotas, no dia 2 de fevereiro, o atacante marcou duas vezes. Ao todo, em 36 partidas na temporada, o atacante tem três gols e seis assistências.
Porém, se o argentino tem encontrado dificuldades para marcar, ao menos tem aparecido bem ao auxiliar os companheiros. Com as seis assistências na temporada, é o segundo no ranking tricolor. Só perde para os sete passes para gol de Edenilson.
Talvez seja a forma com que ele possa ajudar o Grêmio a conquistar a vitória neste domingo (19), às 20h30min, contra o Bahia, na Arena Fonte Nova. A partida é válida pela 29ª rodada do Brasileirão.
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