
Com o objetivo de alinhar estratégias e detalhar o início das ações do projeto Sertão Vivo, representantes da Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e do Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA) se reuniram, nesta quarta-feira (26), para a Missão de Arranque e Supervisão. O projeto prevê R$ 330 milhões em investimentos, beneficiando 75 mil famílias de 300 comunidades em 49 municípios.
“Depois de irmos a campo, estamos fazendo os últimos acertos para que, de fato, o investimento chegue às comunidades beneficiadas. O Sertão Vivo é uma realidade que vai melhorar, cada vez mais, a vida do nosso povo da agricultura familiar”, afirmou o diretor-presidente da CAR, Jeandro Ribeiro.
A coordenadora do Sertão Vivo, Kamilla Santos, explicou os principais pontos discutidos no encontro. “Abordamos o planejamento, o monitoramento e a avaliação do projeto, que contará com pesquisa de impacto no início, meio e fim. Também tratamos da contratação das entidades e organizações da sociedade civil que vão prestar assistência técnica, além dos próximos passos, como as oficinas de apresentação nos municípios e o levantamento das comunidades que serão selecionadas”, destacou.
Para a chefe do Departamento de Inclusão Produtiva e Educação do BNDES, Celina Tura, a Bahia é referência nacional em agricultura familiar. “Há muita experiência e política pública consolidada, e sempre aprendemos quando estamos aqui. O projeto dialoga com a produção de alimentos saudáveis, o combate à desertificação, o enfrentamento das mudanças climáticas e da pobreza rural. A Bahia e o Nordeste têm muito a ensinar ao mundo nesse aspecto.”
O coordenador de Programas do FIDA no Brasil, Hardi Vieira, ressaltou a inovação no financiamento do projeto. “O Sertão Vivo contará também com recursos não reembolsáveis do Fundo Verde do Clima, sendo a primeira iniciativa pública no Brasil a receber esse apoio. Com quase três décadas de parceria com a Bahia, vemos novamente o estado como precursor e inovador, referência para outros estados do Nordeste.”
Sertão Vivo
O projeto apoia comunidades rurais do semiárido baiano com ações integradas voltadas à sustentabilidade, ao acesso à água e à inclusão social. Entre seus objetivos estão o aumento da renda e da segurança alimentar das famílias; o acesso ampliado à água por tecnologias sustentáveis; o estímulo a práticas agroecológicas e a redução das emissões de carbono; além da valorização e do protagonismo de mulheres e jovens na gestão comunitária.
O público atendido inclui agricultores familiares, assentados da reforma agrária e comunidades tradicionais, como povos indígenas, quilombolas e fundos de pasto, abrangendo 13 Territórios de Identidade da Bahia.
Fonte: Ascom/CAR




















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