O governador Jerônimo Rodrigues (PT) autorizou, na manhã desta segunda-feira (21), a execução de um aditivo contratual para as obras do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), em Salvador. Acompanhado do ministro da Casa Civil, Rui Costa, o governador permitiu o aditivo referente ao Lote 1, que compreende o trecho entre a Estação da Calçada e o bairro do Comércio e também lançou o edital para a implantação dos sistemas de sinalização, telecomunicações e controle operacional dos três lotes do projeto.
A ampliação do contrato do Lote 1 prevê a construção de mais seis estações no trajeto entre Calçada e Comércio, garantindo acesso facilitado a regiões importantes como a Feira de São Joaquim, o Porto de Salvador, o Instituto do Cacau e o Moinho. O objetivo é conectar de forma eficiente a região portuária ao sistema de transporte público já existente, integrando o VLT com ônibus, metrô e também o transporte marítimo, a partir do Terminal do Ferry-Boat.
“Estamos ampliando o VLT da Calçada até o Comércio, com mais seis estações, garantindo acesso facilitado a pontos como a Feira de São Joaquim, o Moinho, o Instituto do Cacau e o Porto, além de melhorar o deslocamento até o Bonfim e o Subúrbio”, destacou.
Conforme o petista, também serão licitadas obras de iluminação, sinalização e instalação de câmeras ao longo do trajeto, integrando o sistema à segurança pública e à gestão de serviços da Prefeitura de Salvador.
Ampliação do trecho Calçada-Comércio e integração com outros modais
O novo aditivo ao contrato do Lote 1 permitirá estender o VLT da Estação Calçada até o Comércio, um dos polos econômicos e históricos mais relevantes da cidade. O trajeto adicional contará com mais seis estações, passando por áreas de grande circulação como a Feira de São Joaquim, o Instituto do Cacau, o Porto e o Moinho.
Além de facilitar o acesso a esses pontos estratégicos, a ampliação vai reforçar a conexão com o Bonfim e o Subúrbio Ferroviário, integrando o VLT a ônibus, metrô e transporte marítimo. A proposta é construir um sistema articulado de mobilidade que permita deslocamentos mais rápidos, com conforto e menor impacto ambiental.
Investimentos em infraestrutura e tecnologia
O investimento para essa etapa da obra ultrapassa R$ 113 milhões, destinados principalmente à execução de obras de drenagem no eixo entre a Calçada e o Terminal Turístico, incluindo áreas sensíveis como o entorno do Hospital da Marinha e a base do Ferry-Boat.
Paralelamente, foi lançado o edital para a implantação dos sistemas de sinalização, telecomunicações e controle operacional dos trens. A ação abrange os três lotes do VLT e envolve recursos na ordem de R$ 446 milhões, oriundos do Orçamento Geral da União, com contrapartida do Estado.
O projeto prevê a instalação de tecnologias avançadas, como Wi-Fi gratuito em 35 pontos ao longo do trajeto, catracas com bilhetagem automática, câmeras de segurança com inteligência artificial, painéis informativos em tempo real e integração com o metrô por meio de fibra óptica dedicada. Todo o sistema poderá ser operado remotamente, aumentando a eficiência e a segurança para os passageiros.
Reassentamento humanizado e impacto social positivo
De acordo com o ministro da Casa Civil, Rui Costa, as intervenções também promovem impacto direto na vida das comunidades que vivem no entorno das obras. Famílias que ocupavam áreas em condições precárias estão sendo realocadas com apoio financeiro do Governo do Estado. O programa de reassentamento temporário garante moradia adequada e custeio de aluguel durante a execução das obras, assegurando dignidade e inclusão social.
“O VLT vai mudar a mobilidade da cidade, interligando os bairros da região portuária e dando dignidade ao povo que hoje enfrenta dificuldade para se deslocar. Vai ter um transporte público moderno, rápido, seguro e com preço acessível, permitindo que as pessoas se desloquem com conforto e mais qualidade de vida”, disse Rui Costa.
Moradores da região já relatam melhorias na infraestrutura e no ambiente urbano, mesmo com o projeto ainda em andamento. A iniciativa busca conciliar desenvolvimento urbano com respeito às populações vulneráveis e aos territórios tradicionais.
Estrutura do VLT de Salvador e cronograma da obra
Coordenado pela Secretaria de Desenvolvimento Urbano (Sedur) e executado pela Companhia de Transportes do Estado da Bahia (CTB), o VLT de Salvador terá 40 quilômetros de extensão, 40 paradas e capacidade para transportar até 100 mil passageiros por dia. O investimento total é estimado em R$ 5 bilhões.
O projeto está dividido em três trechos em execução simultânea:
- Trecho 1: da Ilha de São João até a Estação Calçada (16,7 km), sob responsabilidade do Consórcio Expresso Mobilidade Salvador.
- Trecho 2: de Paripe a Águas Claras (9,2 km), conduzido pelo Consórcio VLT Lote 2.
- Trecho 3: de Águas Claras a Piatã (10,5 km), com integração ao metrô no Bairro da Paz, executado pelo Consórcio Bahia Atlântico.
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