Fabíola Mansur lamenta morte de Maria Brandão



A deputada Fabíola Mansur (PSB) lamentou a morte da professora e socióloga Maria de Azevedo Brandão, ocorrida no dia 21 de setembro, aos 92 anos, em Salvador. “A Bahia e a sociologia brasileira perderam uma de suas mais expressivas intelectuais”, disse a parlamentar em moção de pesar protocolada na Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA).

Filha do antropólogo Thales de Azevedo, Maria foi casada com o professor e diretor da Faculdade de Economia da Ufba, Paulo Brandão. Graduou-se em Ciências Sociais, com especialização em Antropologia Cultural pelo Museu Nacional, Antropologia pela Columbia University e Sociologia pela London School of Economics.

Concluiu o mestrado em Sociologia na University of Pennsylvania e o pós-doutorado na Université de Paris, Sorbonne Nouvelle. Na Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas da UFBA, lecionou Sociologia, Sociologia Urbana e Metodologia de Pesquisa nas Ciências Sociais, além de coordenar diversos projetos de pesquisa nessas áreas.

Com uma trajetória marcada pela excelência acadêmica e pelo diálogo internacional, Maria Brandão foi professora visitante na Universidade de Varsóvia, na Polônia, e na University of Sussex, no Reino Unido. Autora de estudos de referência sobre urbanização, habitação e políticas públicas, atuou como consultora de órgãos nacionais e internacionais, entre eles o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e a Fundação Ford, formando gerações de sociólogos e pesquisadores.

“Abrangente e diverso foi o pensamento de Maria Brandão. Suas inquietações intelectuais, políticas e existenciais a levaram a refletir e trabalhar em múltiplos espaços e linguagens, alternada ou simultaneamente”, afirmou Fabíola. Para a deputada, a obra da socióloga “permanece como guia essencial para compreender a complexidade social e urbana do país e como base para a formação de novos pensadores e estudiosos das ciências sociais”.

Para Fabíola, a Bahia tem muito do que se orgulhar da mulher extraordinária que foi Maria Brandão. Ela reforçou, no documento, que a professora deixa um legado fundamental para a compreensão das transformações sociais e urbanas em Salvador e no Brasil. “Sua alegria e compromisso com a ciência são a grande herança para os seus três filhos, Marcos, André e Eduardo, seus sete netos e cinco irmãos”, concluiu.



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