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Elon Musk afirma que principal projeto fiscal de Donald Trump é uma ‘abominação repugnante’



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O bilionário Elon Musk 03 de junho de 2025 | 19:15

Elon Musk afirma que principal projeto fiscal de Donald Trump é uma ‘abominação repugnante’

Elon Musk detonou o principal projeto de lei tributária de Donald Trump, chamando-o de “uma abominação nojenta”, em um ataque que ameaça destruir a relação entre o presidente dos EUA e seu bilionário apoiador.

Em uma série de publicações na sua rede social X nesta terça-feira (3), Musk —que saiu abruptamente do governo na semana passada— criticou o que chamou de “projeto de lei de gastos do Congresso gigantesco, ultrajante e cheio de privilégios”.

“Vergonha para quem votou a favor: vocês sabem que erraram. Vocês sabem disso”, escreveu.

A intervenção agressiva do bilionário ocorre em um momento crítico para o “grande e belo projeto de lei” [big, beautiful bill, ou BBB, em inglês] de Trump, que passou por pouca margem na Câmara dos Representantes no mês passado e precisa ser aprovado pelo Senado para se tornar lei.

Trump impôs um prazo de até 4 de julho para aprovar a medida, que poderia definir seu segundo mandato e estabelecer o rumo para a economia dos EUA. Ele tem pressionado senadores republicanos que estão alarmados com o pacote, que reduziria impostos, diminuiria gastos sociais e aumentaria a dívida pública.

As declarações de Musk ocorreram poucas horas depois de Trump ter criticado o senador republicano Rand Paul, um conservador fiscal ferrenho que questionou as disposições do projeto para aumentar o limite de quanto o governo federal pode se endividar em US$ 5 trilhões.

“Rand Paul tem muito pouca compreensão do BBB, especialmente o tremendo CRESCIMENTO que está por vir”, disse Trump em sua plataforma de mídia social Truth Social na manhã desta terça-feira. “O BBB é um grande VENCEDOR!!!”.

Outros senadores fiscalmente conservadores —incluindo Ron Johnson de Wisconsin, Mike Lee de Utah e Rick Scott da Flórida— pediram cortes mais profundos nos gastos do projeto.

Outro grupo de senadores republicanos —incluindo Susan Collins do Maine, Lisa Murkowski do Alasca e Josh Hawley do Missouri— criticaram os cortes propostos pelo projeto ao Medicaid, programa de saúde pública para americanos de baixa renda e com deficiência.

O partido de Trump controla o Senado por 53 a 47, o que significa que os republicanos só podem perder o apoio de três senadores.

Questionada sobre os comentários de Musk, porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, disse: “O presidente já sabe qual era a posição de Elon Musk sobre este projeto. Isso não muda a opinião do presidente. Esse é um projeto grande e bonito, e ele está mantendo sua posição”.

Mas a intervenção de Musk provavelmente encorajará os republicanos críticos do presidente. Paul concordou com Musk no X, dizendo: “Podemos e devemos fazer melhor.” Lee respondeu: “O Senado deve melhorar este projeto”.

O ataque frontal de Musk ocorreu cinco dias após sua despedida no Salão Oval e intensifica sua disputa com a Casa Branca, que ele criticou por causa da política de tarifas e culpou por não apoiar totalmente seus esforços para cortar US$ 1 trilhão do orçamento dos EUA.

O governo americano buscou nesta terça apaziguar apoiadores descontentes da força-tarefa de redução de custos de Musk, o chamado Doge (Departamento de Eficiência Governamental), apresentando ao Congresso uma pequena fatia de cortes que a iniciativa identificou —incluindo contratos relacionados a programas de diversidade e mais de US$ 1 bilhão em financiamento para NPR e PBS— para serem consagrados em lei.

Embora o homem mais rico do mundo tenha evitado criticar o presidente, cuja campanha ele apoiou com mais de US$ 250 milhões no ano passado, ele se distanciou de partes da agenda de Trump.

Ele também indicou que interromperia os gastos com candidatos alinhados e nesta terça pareceu pedir que os republicanos fossem removidos do cargo nas eleições de meio de mandato do próximo ano. Musk disse que seu envolvimento com a Casa Branca trouxe “retaliação” contra seus negócios, especialmente a Tesla, cujas vendas caíram na Europa.

Na semana passada, ele disse à CBS News que estava “preso em um dilema” porque não queria criticar Trump, mas também não queria “assumir a responsabilidade por tudo o que esse governo está fazendo”.

Nesta terça, ele escreveu sobre o projeto de Trump: “Sinto muito, mas simplesmente não aguento mais”.

Folhapress



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Petroleiras veem quebra de contrato em medidas do governo para elevar arrecadação



Foto: Valter Campanato/Agência Brasil/Arquivo
Medidas foram apresentadas nesta segunda-feira (2) ao presidente Lula (PT) pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira 03 de junho de 2025 | 20:45

Petroleiras veem quebra de contrato em medidas do governo para elevar arrecadação

A indústria do petróleo reagiu com preocupação a medidas apresentadas pelo MME (Ministério de Minas e Energia) para elevar a arrecadação e aliviar restrições orçamentárias. Para o setor, algumas das propostas podem representar quebra de contratos vigentes.

As medidas foram apresentadas nesta segunda-feira (2) ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira. Segundo fontes do governo, garantiriam uma receita extra de R$ 35 bilhões entre 2025 e 2026.

Com a ressalva de que falava sobre notícias lidas na imprensa, o presidente do IBP (Instituto Brasileiro do Petróleo e Gás), Roberto Ardenghy, disse à reportagem que vê dificuldades legais para a implantação de ao menos duas das propostas, que representariam cerca de metade do valor estimado.

A maior delas é a revisão do decreto que regula a cobrança de participações especiais sobre a produção de petróleo, que o governo pretende fazer para ampliar a receita com o campo de Tupi, primeira descoberta do pré-sal.

A participação especial é uma espécie de imposto de renda cobrado sobre campos de petróleo de alta rentabilidade. A alíquota é progressiva, variando de 10% a 40% sobre a receita da produção após o desconto de custos e investimentos.

Maior campo de petróleo do país, Tupi é operado pela Petrobras (com fatia de 65%) em sociedade com a Shell (25%) e a Petrogal (10%). No primeiro trimestre, teve alíquota efetiva de participação especial de 36,47%, que representou o pagamento de R$ 8,2 bilhões em participação especial.

O MME disse a Lula que a revisão do decreto que define as alíquotas representaria um ganho adicional de R$ 4 bilhões em 2025 e até R$ 9 bilhões em 2026. Deste total, metade ficaria para a União e a outra metade seria dividido entre estados e municípios.

O presidente do IBP afirmou que a revisão das regras de cobrança sobre um projeto já iniciado representa quebra de contrato, já que os investidores consideraram as regras então vigentes para decidir por levar o projeto adiante.

“O Brasil tem tradição e prática de respeitar contratos. Se houver decisão de retroagir o valor ou alíquota da participação especial, vai causar não só insegurança jurídica, como as empresas vão recorrer à Justiça”, disse Ardenghy.

Outra proposta questionada pelas petroleiras é a antecipação da revisão dos preços de referência do petróleo produzido por cada campo no país. O processo está sendo tocado pela ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis).

Esses preços definem quanto custa cada barril, de acordo com especificações de cada tipo de petróleo. São usados para calcular os royalties e participações especiais de cada campo. A reavaliação deveria ocorrer apenas em 2026, mas a ANP iniciou o debate em 2020.

No decreto que autorizou o processo, o governo Jair Bolsonaro (PL) alegou que o cenário global de petróleo mudou após a pandemia e a Guerra na Ucrânia e que aperto nas especificações do combustível marítimo valorizaram o petróleo do pré-sal.

Com o aumento do preço de referência, que é atrelado ao Brent, o governo espera uma receita extra de R$ 1 bilhão em 2025 e R$ 3 bilhões em 2026. O setor questiona a antecipação da revisão e diz que, caso confirmada, a vigência dos novos preços tem que cumprir uma quarentena de 180 dias.

O descumprimento deste prazo, alega Ardenghy, seria mais um exemplo de quebra de contrato. “Estamos falando de um setor que vai investir US$ 350 bilhões, criando 400 mil empregos. E não é qualquer emprego, é emprego com valor agregado, com nível de remuneração maior que média nacional”.

Nicola Pamplona/Folhapress



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Servidores federais pedem reajuste de diárias para viagens e outros benefícios



Foto: Ana Volpe/Agência Senado/Arquivo
Esplanada dos Ministérios, em Brasília 03 de junho de 2025 | 21:00

Servidores federais pedem reajuste de diárias para viagens e outros benefícios

Sindicatos ligados ao Executivo federal pedem reajuste no valor das diárias, concedidas aos servidores durante viagens e deslocamentos a trabalho, além de aumento nos benefícios de auxílio-alimentação e plano de saúde.

As diárias bancam custos como hospedagem e alimentação do profissional. Hoje, os valores pagos para servidores de baixo escalão são de R$ 425 para viagens às cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília e Manaus, de R$ 380 para as outras capitais e R$ 335 para os demais municípios do país. O último reajuste desses valores foi concedido em 2023, após publicação de decreto.

Profissionais em cargos comissionados recebem diárias maiores, que podem chegar a até R$ 900 no caso dos ministros de Estado. Os valores são depositados diretamente na conta do servidor, que não precisa comprovar os gastos com envio de nota fiscal. Caso a viagem ultrapasse 120 dias contínuos, os valores são reduzidos em 25%.

A demanda foi apresentada pela primeira vez em uma reunião em fevereiro deste ano, segundo Rudinei Marques, presidente do Fonacate (Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado).

Procurado, o MGI (Ministério da Gestão e Inovação) não respondeu ao pedido de comentário até a publicação desta reportagem.

Sindicatos não devem pedir uma cifra específica de reajuste, mas querem voltar a discutir o tema na próxima reunião da mesa de negociação do MGI com os sindicatos, prevista para 12 de junho.

“Tem sido uma demanda sobretudo das carreiras que mais viajam, como a Polícia Federal, a Receita e a Controladoria-Geral da União. O valor de R$ 335 é insuficiente. Muita gente que viaja precisa tirar do bolso para custear essas despesas”, afirma Marques.

Na última semana, levantamento do jornal Folha de S.Paulo mostrou que diárias tiveram um custo de pelo menos R$ 2,8 bilhões desde 2014. A cifra inclui apenas gastos sob sigilo, cujos servidores não tiveram o nome identificado. Os valores foram atualizados pela inflação.

Além das diárias dos servidores, os sindicatos também vão demandar o aumento de outros benefícios, de acordo com Sérgio Ronaldo da Silva, secretário-executivo da Condsef (Confederação dos Trabalhadores do Serviço Público Federal).

Isso inclui plano de saúde e auxílio-alimentação, que a Condsef pede que seja equiparado com o de servidores do Legislativo e Judiciário. Hoje, o benefício de alimentação dos funcionários desses Poderes é de R$ 1.784, enquanto do Executivo é de R$ 1.000.

“Foi um compromisso que o governo assumiu com o servidor de que estaria aproximando os benefícios do Executivo com dos outros Poderes. Por isso, queremos tratar de todo esse conjunto”, afirma o secretário.



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Estados Unidos dobram tarifas sobre aço e alumínio para 50%; Brasil será afetado



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O presidente dos EUA, Donald Trump, assinou nesta terça-feira (3) decreto que dobra as tarifas de importação sobre aço e alumínio 03 de junho de 2025 | 19:45

Estados Unidos dobram tarifas sobre aço e alumínio para 50%; Brasil será afetado

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta terça-feira (3) decreto que dobra as tarifas de importação sobre aço e alumínio, elevando-as de 25% para 50%. A medida entra em vigor à 1h01 (horário de Brasília) desta quarta-feira (4) e afetará as exportações brasileiras, segundo maior fornecedor dos metais ao mercado americano.

A medida foi formalizada em uma proclamação presidencial publicada pela Casa Branca. Segundo o texto, a decisão foi tomada após análises que indicaram que as tarifas anteriores não foram suficientes para conter a entrada de produtos estrangeiros a preços baixos, o que compromete a competitividade das siderúrgicas e metalúrgicas dos EUA.

O governo americano afirma que o novo aumento das tarifas, já elevado em março para 25%, é necessário para garantir a saúde dessas empresas e atender às necessidades de defesa nacional.

A medida vale para todos os países exportadores desses metais para os EUA, com exceção do Reino Unido, sobre o qual se mantém a tarifa de 25% devido ao acordo bilateral entre os países firmado em maio.

O Brasil, portanto, está sujeito à nova tarifa de 50%, o que pode impactar as exportações brasileiras, especialmente de aço semiacabado, um dos principais produtos enviados aos EUA.

A reportagem buscou o governo brasileiro para comentar o assunto, mas não obteve resposta.

Segundo dados dos EUA, no ano passado o Canadá foi o maior fornecedor de aço, em volume, para os americanos, com 20,9% do total, seguido pelo Brasil (16%, com 3,88 milhões de toneladas, e o país com maior crescimento em relação às exportações de 2023) e o México (11,1%).

Quanto a valor, o Brasil ficou só atrás do México: recebeu US$ 2,66 bilhões, ante US$ 2,79 bilhões dos mexicanos e US$ 5,89 bilhões dos canadenses. Em janeiro, o Brasil foi o maior exportador do mês em volume (499 mil toneladas), ultrapassando o Canadá (495 mil toneladas).

Já em março desde ano, último mês com estatística disponível, o Brasil só perdeu em quantidade para o Canadá (367 mil toneladas contra 364 mil). Em valor, o aço brasileiro (US$ 225 milhões) ficou atrás do Canadá (US$ 395 milhões) e México (US$ 246 milhões).

Mais cedo nesta terça, a Casa Branca confirmou que o governo Donald Trump enviou cartas a países dando o prazo até esta quarta-feira (4) para apresentarem suas propostas de acordo sobre as tarifas impostas a todos os produtos importados aos Estados Unidos, incluindo o aço e alumínio.

O governo brasileiro ainda não confirmou o recebimento da carta. O Brasil tenta obter vantagens principalmente na negociação sobre o aço e quer que os EUA façam cotas ao produto.

“O presidente espera bons acordos, e estamos no caminho para isso”, disse a porta-voz da Casa Branca nesta terça.

Diego Alejandro/Folhapress



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Alcolumbre defende discussão de ‘agenda estruturante’ para que se possa rever alta do IOF



Foto: Agência Brasil /Arquivo
O presidente Lula e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) 03 de junho de 2025 | 18:04

Alcolumbre defende discussão de ‘agenda estruturante’ para que se possa rever alta do IOF

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), disse nesta terça-feira, 3, que é necessário discutir uma “agenda estruturante” para o País para que se possa rever o decreto de aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Ele participou de uma reunião sobre o tema no Palácio da Alvorada, com o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

“Não dá para tratar isoladamente o problema que nós estamos vivendo nas contas públicas do Brasil. São agendas sensíveis que precisam ser debatidas, que precisam ser enfrentadas”, disse Alcolumbre, na saída da reunião. “Está sobre a mesa uma agenda estruturante de País, não para um ano, do ponto de vista do orçamento, do bloqueio a mais ou bloqueio a menos, ou contingenciamento a mais ou contingenciamento a menos.”

O senador aproveitou para elogiar a atuação de Motta, que, segundo ele, tomou a iniciativa para que o Congresso buscasse chegar a um entendimento com o governo, mesmo diante de propostas para que o Legislativo derrubasse o decreto.

Também destacou positivamente a postura de Haddad – que, segundo Alcolumbre, sempre se mostrou aberto a dialogar alternativas ao aumento do imposto – e de Lula.

“O fato concreto é que antes de qualquer disputa ou narrativa política que possa vir a ensejar a constante conflagração entre a sociedade brasileira, o governo federal e o Poder Legislativo, nós estabelecemos um diálogo”, ele disse. “A forma sensível que o presidente da República nos acolheu, as suas manifestações lideradas pelo ministro Haddad, foi a todo instante no sentido de buscarmos um entendimento até para revermos o decreto.”

Fernanda Trisotto, Cícero Cotrim, Giordanna Neves, Gabriel Hirabahasi, Gabriel de Sousa e Victor Ohana, Estadão Conteúdo



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