Receita paga nesta quarta-feira lote da malha fina do IR

Cerca de 280 mil contribuintes que caíram na malha fina e regularizaram as pendências com o Fisco acertarão as contas com o Leão nesta quarta-feira (30). A Receita Federal pagará o lote da malha fina de abril. O pagamento também contempla restituições residuais de anos anteriores. Ao todo, 279.500 contribuintes receberão R$ 339,63 milhões. Desse … Leia Mais


Contas públicas têm superávit de R$ 3,6 bilhões em março

O setor público consolidado – formado por União, Estados, municípios e empresas estatais – registrou, um superávit primário de R$ 3,6 bilhões em março de 2025, informou hoje (30) o Banco Central (BC). O resultado representa uma melhora em relação ao mesmo mês do ano passado, quando o resultado foi superavitário em R$ 1,2 bilhão. … Leia Mais


Juros do cartão de crédito rotativo avançam e chegam a 445% ao ano

As taxas médias de juros cobrados pelos bancos subiram para famílias e empresas em março, tanto no crédito livre quanto nas concessões de empréstimos direcionados. Nas operações de crédito livre para pessoas físicas, o destaque foi o avanço de 2,5 pontos percentuais (pp) na taxa média do cartão de crédito rotativo, chegando a 445% ao … Leia Mais


Collor ficará preso na sala do diretor de presídio em Maceió

O ex-presidente Fernando Collor de Mello (1990-1992), condenado a 8 anos e 10 meses de prisão por corrupção no caso da BR Distribuidora, ficará preso em uma sala adaptada que antes era usada pelo diretor do presídio Baldomero Cavalcanti, em Maceió (AL). Segundo informações divulgadas pela Folha de S.Paulo, a direção da unidade desocupou o … Leia Mais


Senado autoriza BNDES a captar R$ 2,6 bilhões no exterior

O Senado autorizou o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) a contratar dois empréstimos no exterior, que somam R$ 2,6 bilhões. A União deu garantias para a operação, que tem como fim abastecer o caixa do banco público de fomento para programas de empréstimos no Brasil. Uma das operações será a contratação de … Leia Mais


Brasil registrou 71,5 mil postos formais de trabalho em março



O Brasil encerrou o mês de março com saldo positivo de 71.576 empregos com carteira assinada. O balanço é do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged), divulgado nesta quarta-feira (30) pelo Ministério do Trabalho e Emprego.

O resultado decorreu de 2.234.662 admissões e de 2.163.086 desligamentos.

Em março do ano passado, o saldo positivo foi de 244.315 empregos. Segundo o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, a diferença pode ser explicada pelo fato de o carnaval deste ano ter caído em março, em vez de ser em fevereiro, como normalmente ocorre.

No acumulado do ano (janeiro/2025 a março/2025), o saldo foi de 654.503 empregos, resultado de 7.138.587 admissões e 6.484.084 desligamentos.

Segundo Marinho, os resultados do Caged de março são uma sinalização para a possibilidade de redução da taxa de juros no país.

“De repente isso deixa o povo do Banco Central feliz, quem sabe eles possam com isso tirar o pé do freio da contenção e liberar a economia para funcionar melhor. Está na hora de falar em parar de aumentar a taxa Selic e falar em reduzir a taxa Selic. Essa é a mensagem do mercado de trabalho”, disse.

Setores

Três dos cinco grandes grupamentos de atividades registraram saldos positivos em março e dois apresentaram saldo negativo:
Serviços (+52.459 postos)
Construção (+21.946 postos)
Indústria (+13.131 postos)
Comércio (-10.310 postos)
Agropecuária (-5.644 postos)
Regiões
No mês passado, quatro das cinco regiões brasileiras apresentaram saldos positivos e uma saldo teve negativo:

Sudeste (+48.086 postos)
Sul (+24.533 postos)
Centro-Oeste (+6.962 postos)
Norte (+5.170 postos)
Nordeste (-13.199 postos)
Das 27 unidades da Federação, 19 registraram saldos positivos.

Perfil

Entre os postos de trabalho gerados em março, 48.922 foram para as mulheres e 22.654 para os homens. A faixa etária com maior saldo positivo foi de 18 anos a 24 anos, com 77.902 postos.

Desocupação

Na manhã de hoje, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, que mostram que o Brasil fechou o primeiro trimestre de 2025 com taxa de desocupação de 7%. Esse patamar fica acima do registrado no trimestre anterior, encerrado em dezembro (6,2%), no entanto, é o menor para os meses de janeiro a março em toda a série histórica.

Fonte


Plano Safra 25/26 e Seguro Rural preocupam setor após aprovação do Orçamento e alta de juros



Foto: Alberto Coutinho/GOVBA/Arquivo
Soja 21 de março de 2025 | 20:02

Plano Safra 25/26 e Seguro Rural preocupam setor após aprovação do Orçamento e alta de juros

A aprovação do Orçamento Geral da União de 2025 e o aumento da taxa básica de juros (Selic) esta semana para 14,25%, com sinalização de ampliação, vão impactar as duas principais políticas públicas voltadas ao agronegócio, o que gera preocupação para o setor. O Plano Safra 25/26 deve enfrentar desafios, e especialistas convergem na opinião de que será uma “ginástica” para o governo.

Quando o governo enviou a proposta orçamentária ao Congresso em agosto de 2024, a Selic estava em 10,5%. Nesse contexto, o valor previsto de equalização do Plano Safra (o que inclui planos anteriores, o atual e o próximo) era de R$ 15,03 bilhões. A expectativa era de um aumento devido à mudança de cenário econômico. No entanto, os valores continuaram iguais.

Na avaliação do ex-secretário de Política Agrícola José Carlos Vaz, esse montante deve ser alterado, uma vez que a aprovação do orçamento é “procedimento operacional” básico para dar andamento a uma “reprogramação orçamentária”.

Vaz pondera que a mudança deve ser no fluxo das contratações com recursos subsidiados. Ele lista quais devem ser as prioridades do governo na hora de montar o próximo Plano Safra: pequenos, cooperativas (de todos os portes) e por último os médios produtores. “Eu já posso afirmar que o próximo Plano Safra que virá aí para os médios vai ser ruim como tem sido nos últimos 20 anos”, projetou.

Quanto à ideia do governo de buscar juros próximos dos praticados com os pequenos também para os médios, o especialista afirma que não deve ter resultado prático. Isso porque médios e grandes produtores utilizam os recursos subsidiados para fazer um mix de financiamento – com recursos próprios, recursos livres e recursos subsidiados. “O grande já está acostumado com isso. Mas o médio vai ter um custo financeiro maior. Com a taxa Selic ainda maior, ele fica mais estressado. Com o governo sem dinheiro para o seguro, ele [médio] fica mais estressado ainda”, comentou.

O cenário vislumbrado pelo ex-secretário é de que não faltarão recursos para o custeio da safra 25/26, no entanto, a tomada de empréstimos deve ficar mais cara e por isso os pequenos terão a maior parte dos recursos subsidiados. Já o investimento deve ficar em segundo plano, principalmente para os grandes produtores, que deverão esperar por uma economia nacional e internacional mais favorável. Quem deve sofrer mais, na visão de Vaz, são os produtores de forma geral, cooperativas e revendas que estão endividados. “Esses vão sofrer mais nos próximos 18 a 24 meses”.

Para CNA, Plano Safra necessitaria de R$ 22 bilhões para equalizações

A análise da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) também indica que o valor de R$ 15,03 bilhões é insuficiente. À reportagem, a assessora técnica da CNA, Isabel Mendes, ressaltou que “as perspectivas de continuidade do aperto monetário este ano, com Selic podendo superar 15% ao ano” empurram a necessidade por mais recursos.

“Para que as operações de crédito do Plano Safra não corram risco de ficarem comprometidas, seria necessário um orçamento de R$ 22 bilhões para as equalizações de taxas de juros”, afirmou. A entidade também espera que haja uma recomposição ao longo do ano para chegar ao montante ideal.

“Não queria estar na pele do ministro Carlos Fávaro”, diz Tereza Cristina

Ex-ministra da Agricultura, a senadora, Tereza Cristina (PP-MS), disse à Coluna do Estadão que “não queria estar na pele do ministro da Agricultura”. Isso porque o quadro para o próximo Plano Safra causa “preocupação”, já que os recursos previstos com os atuais juros devem “financiar bem menos do que foi financiado no ano passado”.

“Se não vier esse Plano Safra do tamanho que ele deveria vir, corremos o risco de ter menos área plantada e ter uma redução na produção brasileira. E isso é impacto no PIB, inclusive. Com certeza, na inflação. Mas o produtor rural é obstinado e vence as dificuldades”, indicou a senadora.

Ela também criticou a falta de um controle fiscal por parte do governo e o discurso do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, de não regular os gastos.

Na mesma linha, o presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), deputado federal Pedro Lupion (PP-PR), também condenou o “descontrole fiscal” do governo. Ele classificou o orçamento aprovado na última quinta-feira, 20, “como populista e direcionado para promessas de campanha, sem nenhuma sinalização de ajuste fiscal”.

Lupion também opinou sobre a política pública voltada ao setor Agro. “O Plano Safra e o Seguro Rural estão sendo desidratados pelo governo federal. A prioridade continua sendo o aparelhamento do MST, em detrimento da responsabilidade com a economia brasileira. A receita produz alimentos caros e uma inflação potente”, disse.

O Seguro Rural de “ficção”

O Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR) teve verba aprovada de R$ 1,06 bilhão no Orçamento da União de 2025. Apesar disso, os recursos podem ser ainda menores, já que R$ 67 milhões serão descontados referentes a apólices feitas em 2024. Para o ex-secretário de Política Agrícola, José Carlos Vaz, o Seguro Rural hoje é uma “ficção”.

“O Seguro Rural virou uma peça de ficção. Não vou dizer que é 100%, seria 10% realidade e 90% ficção. Tem que rever tudo. Agora se continuar com essa visão antiga que se tem na política agrícola, o seguro rural vai continuar esse fracasso que é”, salientou.

Quem também criticou o valor foi a Federação Nacional de Seguros Gerais (FenSeg), que aponta que a “necessidade real de mercado gira em torno de R$ 4 bilhões”. O vice-presidente da Comissão de Seguro Rural da FenSeg, Daniel Nascimento, pontua que a situação é preocupante, ainda mais ao se analisar a sinistralidade dos últimos anos, que vem aumentando e afastando seguradoras e resseguradoras. “Poderíamos considerar um valor de R$ 2 bilhões em subvenção, mas recursos abaixo disso inviabilizam uma expansão consistente e limitam a capacidade de crescimento do setor”, afirmou à reportagem.

A CNA defendeu, ainda, o aumento do recurso e sinalizou que o ideal seriam R$ 4 bilhões. Um ofício encaminhado pela FPA nesta semana pediu uma suplementação de R$ 1,05 bilhão, o que representaria R$ 2,11 bilhões para o seguro rural. Uma outra fonte ligada à FPA e ouvida pela reportagem disse que a manobra é que esses R$ 1,05 bilhão adicionais sejam remanejados posteriormente pela equipe econômica do governo.

No entanto, é unânime a preocupação. “Há quatro anos, era R$ 1 bilhão e já era insuficiente. Hoje, menos ainda. Supra aí as necessidades de se ter um seguro mínimo, aumentando o número de segurados. E com um bilhão, eu acho que a gente não vai ver isso acontece”, destacou a senadora Tereza Cristina.

Do lado dos produtores, o presidente interino do Sistema FAEP (Federação da Agricultura do Estado do Paraná), Ágide Eduardo Meneguette, endossa o coro por mais verba com essa finalidade e cita o papel do seguro, num estado que depende muito desse mecanismo. “No estado do Paraná, até 85% dos produtores têm apenas quatro módulos fiscais. Para o pequeno e médio produtor, o seguro é uma garantia e segurança para qualquer intempérie ou perda que possa vir. É onde ele pode se amparar. Num momento de crise, o que você pode acionar é o seguro. Por isso, nós precisamos que o governo tenha medidas concretas para garantir a continuidade da produção agrícola no nosso país”, ressaltou.

Roseann Kennedy e Daumildo Júnior/Estadão



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Gleisi diz esperar melhora nas decisões do Copom e destaca boa relação com Haddad



Foto: Edu Andrade/Ministério da Fazenda/Arquivo
Os ministros Fernando Haddad (Fazenda) e Gleisi Hoffmann (Relações Institucionais) 21 de março de 2025 | 20:30

Gleisi diz esperar melhora nas decisões do Copom e destaca boa relação com Haddad

A ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, disse nesta sexta-feira (21), em entrevista à CNN Brasil, que espera decisões mais alinhadas do Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central à realidade econômica do país nas próximas reuniões.

Ela destacou a necessidade de considerar a inflação e a situação atual para uma política monetária mais compatível, após a Selic subir 1 ponto percentual, para 14,25% ao ano, nesta semana – alta já prevista desde 2024.

Gleisi classificou a meta de inflação de 3%, com tolerância de 1,5%, como “justa” e descartou a necessidade de alterá-la, mesmo com o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) acumulando 5,06% em 12 meses até fevereiro, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Para ela, a inflação não está “absurdamente estourada” e medidas além da política de juros são suficientes para controlá-la.

A ministra também negou atritos com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmando ter uma relação respeitosa e de cooperação. Ela citou o projeto de isenção de Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5.000, enviado por Lula ao Congresso, como exemplo de parceria, elogiando o texto e prevendo sua aprovação.

Folhapress



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É irresponsabilidade fiscal falar só da isenção, afirma secretário sobre PL do Imposto de Renda



Foto: Washington Costa/Ministério da Fazenda/Arquivo
O secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan 21 de março de 2025 | 21:02

É irresponsabilidade fiscal falar só da isenção, afirma secretário sobre PL do Imposto de Renda

O secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, disse que é “irresponsabilidade fiscal” defender só a isenção do Imposto de Renda para salários até R$ 5.000 e não a compensação, que cria um imposto mínimo de 10% para rendas acima de R$ 50 mil por mês.

“É irresponsabilidade fiscal falar só da isenção, não faz justiça por inteiro. Precisamos avançar com as duas pernas da proposta”, disse em entrevista ao programa Poder em Pauta da Carta Capital realizada nesta sexta-feira (21).

“Quem está defendendo que fazer isenção e ponto resolve, essa pessoa está considerado que vai ter desfalque para o SUS [Sistema Único de Súde], para a Farmácia Popular, para o Pé-de-Meia. A gente não vai fazer debate fiscal, fiscalmente estamos equilibrados”, acrescentou.

A declaração foi dada ao ser questionado sobre um pronunciamento do senador Izalci Lucas (PL-DF) que criticava a parte da proposta que cria a tributação mínima para alta renda.

Quanto à posição do presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), sobre a possibilidade de buscar outras maneiras de compensar a isenção de salários até R$ 5.000, ele ressaltou a importância de ter compromisso com a responsabilidade fiscal.

“Motta está dizendo que tem compromisso com responsabilidade fiscal. Se ele tem esse compromisso e está favorável, é metade do caminho que estamos de acordo e aí tem que discutir a compensação. O trabalho que nós fizemos aqui no Ministério da Fazenda e no governo foi apresentar melhor solução possível”.

Durigan acredita que, com a escolha de bons relatores, é possível aprovar a medida ainda no primeiro semestre na Câmara dos Deputados. No Senado, continuou, a aprovação seria no início da segunda metade do ano.

“Estou muito confiante de que vamos avançar com essa medida. A primeira coisa a ser feita é abrir diálogo com Congresso e pedir que relatores desse tema tenham liderança dentro do Congresso, conheçam minimamente o tema, sejam comprometidos com justiça social e tenham experiência em lidar com tema tributário”, analisou.

“Tendo bons relatores e inaugurando diálogo produtivo, no qual vai avançando com boa vontade, o cenário de aprovação na Câmara é até meio do ano e no Senado no começo do segundo semestre”, avaliou.

Lucas Marchesini/Folhapress



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Isenção do IR passará, difícil é fazer super-ricos pagarem, diz Haddad



Foto: Reprodução/YouTube
O ministro Fernando Haddad (Fazenda) 21 de março de 2025 | 21:30

Isenção do IR passará, difícil é fazer super-ricos pagarem, diz Haddad

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta sexta-feira (21) que o projeto de lei do governo que isenta do Imposto de Renda quem ganha até R$ 5.000 por mês será aprovado pelo Congresso, mas admitiu que é difícil compensar a perda de arrecadação.

“Vai passar. O problema não é a medida em si, tanto é que todo mundo prometeu. O presidente Lula está cumprindo. O antecessor dele prometeu e não mandou. Por quê? A dificuldade é fazer quem não paga pagar para compensar”, disse Haddad em entrevista ao podcast Inteligência Ltda.

Na terça-feira (18), o governo Lula apresentou ao Congresso a criação do imposto mínimo, que será cobrado de pessoas com ganhos a partir de R$ 600 mil anuais (o equivalente a R$ 50 mil mensais). A alíquota será progressiva, até atingir o patamar máximo de 10% para quem ganha a partir de R$ 1,2 milhão ao ano.

O ministro disse que a isenção é aprovada por grande parte da população, e por isso será difícil um deputado se posicionar contra na Câmara.

“Foi promessa do Bolsonaro. Ele só não cumpriu, mas ele prometeu. Ou seja, vai ser muito difícil para o PL, que é o partido do Bolsonaro [votar contra]”, disse Haddad. “O que a gente combinou que não vai poder é dar o benefício sem compensação, senão pode dar inflação, pode dar tudo”.

O imposto mínimo proposto como medida compensatória pelo governo tem como alvo 141,4 mil contribuintes pessoas físicas de alta renda que hoje recolhem, em média, uma alíquota efetiva de 2,5% sobre seus rendimentos.

“Vamos chegar a 20 milhões de pessoas isentas. Do outro lado, são 140 mil pessoas que hoje não pagam nem 10% de imposto de renda, contra uma professora de escola pública que paga 10%”.

“Se ela paga 10%, por que um super-rico não paga? Se ele paga 3%, ele complementa 7 [pontos]. Se ele paga 14%, a lei não o afeta”, disse.

O ministro também mencionou o consignado para trabalhadores formais, que começou a ser oferecido nesta sexta.

A nova linha criada pelo governo Lula, batizada de Crédito do Trabalhador, permite empréstimos com juros mais baixos do que os aplicados pelo mercado, tendo o FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) como garantia.

“O empregado que tem um vínculo formal pode bater na porta de vários bancos para fazer um empréstimo consignado. Lá atrás, para o servidor público aposentado, foi uma das coisas que mais fez a economia bombar”, disse.

A entrevista ao Inteligência Ltda., com cerca de 5 milhões de inscritos no YouTube, marca a segunda ida do ministro a um podcast no mesmo mês, em um momento de baixa popularidade do governo Lula. Há duas semanas, Haddad participou do Flow.

A formalização do projeto de isenção do IR nesta semana ocorreu quase quatro meses após o anúncio e chega no mesmo momento de outras medidas que beneficiam a classe média, como o consignado para CLT e a liberação do saldo do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) para quem havia sido demitido e não conseguiu sacar.

Folhapress



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