
O Governo do Estado, por meio da Secretaria do Meio Ambiente (Sema), segue presente na 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), que começou na última segunda-feira (10) e segue até 21 de novembro, em Belém (PA). A participação da Bahia contempla debates, rodas de diálogo e atividades técnicas em diversos espaços oficiais do evento, como o Consórcio Nordeste, a Casa ABEMA, o Pavilhão Brasil (Green Zone) e a Casa Voz dos Oceanos.
Durante a conferência, o superintendente de Políticas e Planejamento Ambiental da Sema, Luiz Araújo, apresentou o Programa Agente Jovem Ambiental (AJA), que promove a educação ambiental. O programa alia aprendizado, protagonismo e transformação social.
“Participei de um painel com representantes dos governos do Ceará e da Paraíba, discutindo o Programa AJA em seus diferentes estágios de implementação. O Ceará foi pioneiro na criação do programa, a Paraíba já conta com um ano de execução e, aqui na Bahia, estamos em fase de implantação. Apresentamos o AJA Bahia, que beneficiará mil estudantes da rede pública da região da Baía de Todos-os-Santos, jovens do ensino médio e profissionalizante que receberão uma bolsa de incentivo e serão acompanhados por professores mediadores, também bolsistas. Iniciaremos por essa região, com a expectativa de expandir o projeto gradualmente para todo o estado”, destacou Araújo.
Conservação marinha
Já o diretor de Políticas e Planejamento Ambiental da Sema, Tiago Porto, destacou os avanços da Bahia na conservação dos ecossistemas costeiros e marinhos. Com 90 mil hectares de manguezais e 14 mil hectares de recifes de corais, o estado ocupa posição de destaque no cenário nacional.
“A Bahia abriga cerca de 7% dos manguezais brasileiros, o que nos coloca na quarta posição, atrás apenas dos estados amazônicos. Também concentramos aproximadamente 60% dos recifes de corais raros do país. Diante dessa riqueza natural, temos trabalhado na elaboração e implementação de políticas públicas voltadas para a conservação e restauração desses ecossistemas”, afirmou Porto.
Ele ressaltou ainda que a Bahia já superou a meta global de 30% de áreas marinhas protegidas até 2030, compromisso firmado internacionalmente por diversos países. “Enquanto a meta mundial prevê que 30% das áreas marinhas estejam sob proteção até 2030, a Bahia já alcançou 43,2% de sua área marinha incluída em unidades de conservação. E o mais importante é que não se trata apenas de delimitar territórios, mas de fortalecer as ações dentro dessas unidades, com iniciativas concretas de conservação, restauração e redução da vulnerabilidade ambiental”, destacou.
Entre as ações em andamento, Tiago mencionou o Plano de Conservação dos Corais e Espécies Associadas. “Temos algumas ações executadas de enfrentamento a espécies exóticas invasoras e as ações de defesa das espécies marinhas protegidas, além da elaboração do calendário e a caravana no defeso”, acrescentou.
Protagonismo do Nordeste no enfrentamento às mudanças climáticas
Além das apresentações técnicas, Tiago Porto também representou o Consórcio Nordeste em uma roda de conversa promovida pela Casa do Jornalismo Socioambiental, realizada na noite de quarta-feira (12), em Belém. O encontro reuniu jornalistas, representantes de movimentos ambientais e gestores públicos, e teve como foco o protagonismo do Nordeste no enfrentamento às mudanças climáticas, com ênfase na preservação da Caatinga. “Fui convidado pelo chefe de gabinete do Consórcio Nordeste para representar o grupo nessa conversa com o movimento e com a Casa do Jornalismo Socioambiental. Foi um momento muito interessante, porque tivemos a oportunidade de destacar o papel do Nordeste nas ações de adaptação e mitigação climática, especialmente na Caatinga, um bioma que simboliza a resistência e a inovação ambiental da região”, relatou Porto.
Fonte: Ascom/Sema




















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