
A Bahia está entre os maiores destinos de investimentos chineses no Brasil, liderando o Nordeste e figurando entre os cinco primeiros do país. A China, que já é o principal parceiro comercial do estado, reforça essa relação estratégica com a ampla presença no III Fórum Bahia–China, realizado nesta terça-feira (25), no hotel Deville, em salvador, reunindo diversas empresas, autoridades e representantes diplomáticos.
Promovido pelo Governo do Estado, por meio da Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), em parceria com o Consulado-Geral da República Popular da China no Rio de Janeiro e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD Brasil), o encontro buscou impulsionar parcerias para a modernização produtiva, a instalação de novas indústrias, o fortalecimento de cadeias produtivas e o avanço de obras estruturantes. Também reforçou setores estratégicos como energia eólica, solar e mineração, áreas nas quais a Bahia se destaca nacionalmente.
Durante a abertura, o vice-governador do estado, Geraldo Júnior, ressaltou a importância da cooperação internacional neste momento de reconstrução social. “A Bahia reafirma seu compromisso com políticas públicas voltadas para o bem-estar da população. Mais de um milhão de baianos saíram do mapa da fome recentemente, e eventos como este, com tantas empresas que acreditam na Bahia, fortalecem nossa capacidade de seguir avançando”, afirmou.
O diretor-geral da SEI, José Acácio Ferreira, destacou o caráter estratégico do evento para ampliar a cooperação. “A parceria Bahia–China vem se desenvolvendo com base no ganha-ganha e no retorno para a população. Este ano avançamos ainda mais com o apoio do PNUD, reforçando nosso foco na redução das desigualdades”, disse.
Entre os investimentos chineses apresentados estão a instalação da fábrica da BYD em Camaçari, a maior planta da empresa fora da China, com investimento de R$ 5,5 bilhões; a atuação da State Grid na integração das energias renováveis; a produção de pás eólicas pela Sinoma Blade; a fábrica de turbinas da Goldwind, a primeira da empresa fora da China com capacidade superior a 5 MW; e os projetos de energias renováveis da CGN Brasil Energy. Outras empresas chinesas com presença prospectiva na Bahia incluem Huawei, Windey, AVIC e Honbridge.
A Ponte Salvador–Itaparica, que será a maior da América Latina após sua conclusão, foi um dos destaques do fórum. “O investimento total será de R$ 11 bilhões, ao longo dos próximos seis anos, tendo a China como investidor, um exemplo concreto do fortalecimento dessa relação, com potencial para transformar a mobilidade regional e impulsionar o desenvolvimento do Sul e Baixo Sul”, afirmou Cláudio Villas Boas, CEO da Concessionária Ponte Salvador–Itaparica. Também ganhou relevância o avanço das tratativas entre a Infra S.A. e o Grupo Ferroviário Estatal da China para estudos do corredor ferroviário bioceânico, baseado no sistema FICO–FIOL.
A cônsul-geral da China no Rio de Janeiro, Tian Min, ressaltou a complementaridade entre os territórios e os avanços já registrados. “A Bahia possui vantagens exclusivas em energia, portos, mineração, agricultura, turismo e cultura. Os projetos chineses no estado têm avançado de forma notável, e estamos confiantes de que, com esforços conjuntos, continuarão trazendo benefícios ao povo baiano”, afirmou.
Estiveram presentes os secretários Marcius Gomes (Secti), Augusto Vasconcelos (Setre), Rodrigo Pimentel (Saeb) e Cláudio Peixoto (Seplan), além de representantes da Sudene, Fieb, CBPM e Bahiainveste, que destacaram que a Bahia reúne condições únicas para atrair e ampliar investimentos, combinando recursos naturais, potencial de energia limpa e uma articulação institucional crescente.
Fonte: Ascom/SEI




















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