Principal chapa à presidência do PT fala em taxa Selic ‘injustificável’



Foto: Ricardo Stuckert/Divulgação Presidência/Arquivo
O ex-prefeito de Araraquara Edinho Silva (PT), durante cerimônia da Presidência em 2024 02 de junho de 2025 | 18:22

Principal chapa à presidência do PT fala em taxa Selic ‘injustificável’

A principal chapa à presidência do PT, que definirá suas novas lideranças em eleições internas em 6 de julho, considera a taxa Selic do país “injustificável” e defende “boas parcerias público-privadas” para gerar investimentos e modernizar o país.

As diretrizes aparecem no plano de gestão da corrente majoritária no partido, a Construindo um Novo Brasil (CNB), que se uniu recentemente em torno da candidatura de Edinho Silva, sob o nome “Derrotar a Extrema-Direita e Avançar na Construção de um Novo Brasil”.

“Dadas as limitações ficais que ainda temos, agravadas pela injustificável taxa Selic, precisamos de mecanismos criativos”, diz o documento, acrescentando que as PPPs “devem ser intensificadas, com uma regulamentação sólida e transparente que evite abusos tarifários e altos valores de outorga”.

As oito chapas que concorrem ao diretório nacional apresentaram neste domingo (1º) as chamadas teses, que trazem os objetivos de suas gestões. Além do grupo de Edinho, mais três chapas sustentam candidatos na corrida à presidência da legenda.

No campo econômico, a chapa “A Esperança é Vermelha”, pela qual concorre o historiador e dirigente Valter Pomar, defende ampliar radicalmente os investimentos públicos, alterar a meta de inflação, reduzir os juros e “deixar de lado” a meta do déficit zero.

Já a “Somos Todos PT em Movimento”, encabeçada pelo atual secretário de Relações Internacionais do PT, Romênio Pereira, menciona uma “sabotagem da política econômica pelo Banco Central” sob o comando de Roberto Campos Neto, sem citar Gabriel Galípolo, indicado por Lula. Defende uma reindustrialização e maior taxação aos mais ricos.

Apesar de o deputado federal Rui Falcão (SP), que também concorre, ter divulgado uma carta à militância criticando a atual gestão do BC, o tema não aparece no programa da chapa que o apoia. Na área econômica, a “Campo Popular” defende de forma geral uma reforma do imposto de renda, programas sociais, agricultura familiar e justiça tributária.

Júlia Barbon, Folhapress



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